sábado, 22 de março de 2014

Carta de uma mãe desesperada...

Oração de uma mãe desesperada

“Deus meu, oriente-me nesta causa,pois sei que para ti, não é perdida.”
Senhor dê-me uma gota deesperança, apenas uma luz."
Um dia, sonhei em constituir uma família e quando ela veio,vivi por ela e para ela e hoje depois de tantas
lutas, vejo todos os dias o meu sonho de família feliz esvaindo-se de mim.

Deus, eu acho que adormeci no tempo e quando acordei, não gostei do que vi, pois percebi que meus sonhos estavam espalhados pelo chão e eu tentei recolhe-lhos, mas não consegui, por que pensei ser tarde demais. E, enquanto eu lutava para
reunir os meus cacos, a minha família ruía. Deus, deparei-me com uma pessoa estranha a meu lado. E, ao olhá-lo mais de perto, por alguns instantes, quase não o reconheci e
constatei com tristeza que falhei ao tentar ajudá-lo, mergulhando de cabeça no dissabor da perda e na
corrente das mães desesperadas, desamparadas e desprovidas de esperança.
Deus tenho o sentimento de culpa como fiel escudeiro, porque não sei ao certo o que eu, como mãe poderia ter feito para modificar o triste quadro em que me encontro agora, porque me sinto vazia, confusa e infeliz. Ao lembrar-me do meu filho brincando há poucos dias, fechei os meus olhos e vi que ele ainda usava roupa de escola e corria pelo quintal, sorridente e feliz.Porém, quando abro os meus olhos, vejo o sorriso da minha cria,dia após dia se apagando.
Deus, aparentemente ele cresceu, mas à medida que usava drogas os 
seus objetivos encolheram, e tudo 
aconteceu tão depressa que mal percebi que os seus brinquedos foram
abandonados em um canto qualquer.
Percebi que, daquela criança linda e arteira, nada restou. Deus, faço-lhe agora a pergunta que teima em não calar:em que momento do caminho o meu filho se perdeu? Por que eu não estava lá? E, se eu estava tão perto porque não vi as coisas tomarem a proporção que tomaram? Como ele conseguiu se esconder de mim?
Deus, meu, sei que sempre lhe dei o melhor de mim, dos meus anos e dias, inclusive, dei-lhe também toda a minha força e alegria. Ensinei-lhe valores e dei exemplos claros de
honestidade, sonhando em fazer dele um grande homem, e parti de encontroa este sonho. Mas, vi que este sonho era só meu... Só agora vejo que sonhei sozinha. Porque ele
rejeitou tudo que lhe dei e, com tempo de uso, perdeu a sua
capacidade de amar e sonhar. Deus estou aqui chorando devido as suas partidas bruscas, rumo à insanidade.
Senhor, por favor, dizei-me o que fiz de certo e errado, preciso saber. Não me esconda nada, pois, por mais dura
que seja a minha realidade, sei que 
ainda posso suportar um pouco mais 
de dor. Porque nada pode ser pior do que conviver com culpa e a dúvida que me atormentam noite e dia. Diga-me senhor, onde errei? Foram brinquedos demais ou de menos?
Foram ditos muitos sim e poucos não? Foi falta de castigo, conversas abertas e longos diálogos? Fui permissiva e muito passiva? Amei demais ou de menos? Vigiei pouco ou em demasia? O que faço senhor?
Choro paralisada e espero o trágico final ou luto por ele com as poucas forças que ainda me restam?
Confesso que já não sei mais o que 
fazer, porque me sinto tão confusa e 
o meu coração sangra, pois, por mais que pense incansavelmente em uma saída, não encontro respostas. Não consigo encontrar o fio da meada onde tudo começou, contorceu e se perdeu.
Deus, já perdi as contas das vezes que eu o procurei pelas madrugadas e não encontrei. Já chorei, implorando para que ele me ouvisse, pedindo em desespero para que ele deixasse as drogas. Eu me arrastei, gritei, ameacei,tranquei, amaldiçoei, mas nada funcionou. Tudo me parece como sempre e, confesso que, a cada
dose, só piora. Nada acontece, Senhor. Sou testemunha ocular de um suicídio passional, profundo e lento.
Deus, posso ver os cortes profundos, sangrando e vertendo incessantemente daquela alma vazia.
O que acontece, Senhor? O meu filho não me ama? O medo e a dúvida tomam conta de mim e a minha mente oscila sob o efeito bumerangue da vil decepção. Senhor, quantas perguntas vazias e perturbadoras e, eu aqui, sem resposta e esperança aparente.
Pergunto-lhe: Por que tenho que passar por isso meu Deus. Onde exatamente errei? Dei-lhe escola, apoio, ombro. Mas, ele virou as costas para tudo que lhe ofertei.
Esqueceu-se de mim, de si, dos amigos, dos estudos, perdendo o anseio pela própria vida.
Senhor quantas madrugadas não durmo rolando na cama, sem sono e
pensando onde ele está. Eu choro quando vejo o seu lugar vazio à mesa, e me pergunto:será que ele já comeu? Será que está bem? A sua vida está segura? Será que o verei de
novo? Não sei o que pensar e a minha cabeça gira quando imagino que já não há mais nada a fazer a não ser esperar pelas trágicas e inevitáveis notícias. Deus, muitas vezes, choro escondida e amargurada, escondo o meu rosto, na tentativa de que não vejam o tamanho do meu sofrimento.
Choro quando alguém me pergunta por ele, porque sei que, como mãe, eu deveria saber onde o meu filho está, e não sei. Penso que cheguei ao fim da linha, porque preferiria morrer ao vê-lo assim, em queda livre, andando cegamente em direção ao precipício. Deus, todos os dias eu rezo para que ele não fique preso nos braços da morte.
Senhor, tu que amaste o seu filho incondicionalmente, mas o
entregaste ao sacrifício, por favor, não tire o meu filho de mim. Dê a ele mais uma chance.Tu bem sabes, Senhor, que ele era uma pessoa feliz, mas a droga o transformou em uma pessoa que ele não queria ser. Ela o 
levou a fazer coisas que ele não queria fazer. Com o tempo de uso de drogas, o monstro assumiu e o meu filho, praticamente desapareceu. Digo isso, porque via o seu sofrimento a cada chegada. Hoje, ele já não vem mais, porque se entregou às drogas de uma forma covarde e absurda.
Abdicou de si mesmo, do meu amor e da própria vida. Senhor, estou disposta a fazer o que for preciso para ter o meu filho de volta. Diga- me qualquer coisa, que imediatamente farei. Deus, fique comigo, me conduza enquanto eu andar por este caminho desconhecido e sombrio. Apenas não me deixe acreditar que estou só.
Deus, eu preciso de um filete de esperança e dizendo-me que me escutas quando oro e que ao dormir atribulada em meio a lágrimas e soluços, tu consolas o meu coração.


A resposta de deus
“Filha minha, não lhe afogues no desespero, nem em desesperança.
Por mais duro que seja a realidade do seu filho, deverá, deixá-lo sentira dor que tiver que sentir, porque não poderás tomar as chibatadas da vida por ele, e não conseguirás, de forma alguma, tomar para si o seu fardo, nem modificar o que ele não quiser que seja mudado. Por isso, siga a sua
vida sem culpa.
”Eu, em minha magnitude e benevolência, não posso impedi--la de sofrer, mas posso amenizar a sua dor quando afirmo que a vida de seu filho já está em minhas mãos.
Eu observo todos os seus passos e o protejo e, mesmo não aprovando os seus comportamentos, o perdoo constantemente. Sei que a capacidade de percepção de seu filho está abalada. Mas, ainda existem aqueles raros momentos em que ele se questiona, e vem até mim perguntando: Deus, até onde vale à pena continuar assim? Então, digo-lhe, mansamente que ele pode parar
com todo este sofrimento quando quiser, mas, como sempre,mostra-se incrédulo na própria capacidade de
superação. Dias desse, eu o vi cabisbaixo e chorando. Ele me pedia
coragem para sair do estado deplorável de degradação em que se colocou. Pedia-me para modificar a sua vida. Chegou até mesmo implorar para eu o levasse comigo, pois não aguentava mais sofrer.
Muitas vezes, ele lembra-se de mim.
Na calada da noite, nos becos e nas horas de perigo, ele me diz: meu Deus, se me livrar dessa, nunca mais vou usar drogas! Porém, são apenas promessas vazias. Nestas horas, ele realmente acredita em suas 
promessas,mas logo depois, as 
esquece. Quando o livro do perigo, ele recomeça todo o processo de destruição novamente, Eu sempre estou lá e observo tudo como pai zeloso que sou. Muitas vezes, quando ele pensa que está sozinho, eu o carrego em meus braços e o coloco a salvo, concedendo-lhe a oportunidadede mais um recomeço.
Mãe, não pense que seu filho não a ama. Sei que ele lhe parece tão incessível, mas age assim porque os seus sentimentos estão adormecidos por causa das drogas. Mas posso assegurar-lhe que ele não a esqueceu, porque dentro de seu peito ainda pode senti-la e, quando você chora, por um instante, em um lampejo de sanidade, o coração dele
chora também.
Às vezes, ele pensa: Será que ela já está dormindo? O que vou dizer se 
ela gritar ou me amaldiçoar quando eu 
chegar em casa drogado? Que tipo de mentira desta vez terei que inventar?
Será que ela ainda me ama? Filha minha, ele está cansado demais, mas não se rende. Às vezes, ele promete a si mesmo parar de usar drogas mas,
a dependência é mais forte e a cada dia o faz mais fraco. Porém, todo dia dou a ele um sopro de vida, estendendo os meus braços em sua direção na esperança de alcançá-lo e
detê-lo com a força do meu amor, mas ele foge. Foge de mim, de si mesmo, da vida e daqueles que o amam.
Filha minha, faça a sua parte e siga sua vida em paz. Eu, em minha infinita sabedoria, dei uma para cada ser humano e reafirmo que para cada ser vivente concedi a lei do livre
arbítrio. Filha minha, ouça o meu conselho de Pai: Ame-o com todas as suas forças, mas não facilite a sua vida com o uso de drogas, porque amor demais também mata. Ame-o,
mais o deixe escolher qual caminho seguir e fique certa de que eu sempre farei o que for melhor. Ore buscando equilíbrio, força, serenidade e conforto através do meu amor.
Recomponha-se para que ele a encontre refeita emocionalmente, quando precisar e, realmente, quiser ajuda.Pense nele com carinho e misericórdia e me entregue a vida dele, todos os dias e me encarregarei de todo o resto.
Filha minha, aquiete o vosso coração, confie, deixando-me agir, porque para mim, não existe caso sem volta,
nem condição sem esperança, eu sou simplesmente o Deus das causas impossíveis.



Por: Darléa Zacharias
Trecho do livro Inimigo Oculto, foco,
força e fé

sexta-feira, 21 de março de 2014

MEU PAI...


Olá amigos queridos!!!
Aqui em casa está tudo bem graças a Deus, maridão trabalhando sozinho e só por hoje esta limpo, está bem e lutando para viver uma vida saudável, vejo pequenos progressos dia após dia, já até se matriculou em uma academia para começar a se exercitar...Enfim eu e minha filha estamos bem, netinho chega em junho e aguardamos ansiosos a chegada deste anjinho ou anjinha( fizemos a ultrassom e o bebe estava sentado) que com certeza trará muita paz e alegria para nossas vidas...Hoje vou falar um pouco de meu paizão, que já não está mais aqui, foi morar com Papai do céu... 




Dia 20 de fevereiro que passou, fez 1 ano que meu pai foi morar com Deus, e daqui a 2 dias, seria o aniversário dele, completaria 74 anos...Saudades!!
Estava me recordando de minha infância e parte de minha adolescência, o quanto sofri por meu pai ser dependente do álcool, naquela época jamais imaginei que ele fosse uma pessoa doente, um alcoólatra, por este motivo passei grande parte de minha vida, com muita mágoa de meu pai, tinha muito medo e também um pouco de preconceito, pois não entendia porque minhas amiguinhas(os) podiam ter suas famílias, com pais e mães ''normais'', e eu não. Infelizmente grande parte da sociedade, julgam os alcoólatras, como bêbados, vagabundos e marginalizam os adictos, como se fossem bandidos, ou sem vergonhas, que não param com o vício por não terem força de vontade. Não enxergam a adicção como doença grave, como de fato é.
Lembro-me que morávamos eu, minha avó e meu pai, eu e minha avó estávamos completamente adoecidas pela convivência com meu pai e sua adicção ativa.
Naquela época nem imaginávamos que éramos codependentes, nunca havia ouvido falar sobre esta doença ''codependencia''.
Quando me recordo de meu pai, lembro-me de momentos felizes que tive em minha infância quando ele estava sóbrio, infelizmente estes momentos eram raros, pois pelo que me lembro, meu pai bebia quase todos os dias...Minha avó, se desesperava ao ver a situação de meu pai, e nós ficávamos planejando mil maneiras que fizesse que ele maneirasse com a bebida...
Apesar do vício, meu pai era uma pessoa extremamente responsável e sempre trabalhou até se aposentar.
Quando meu pai bebia, ele sempre ficava muito agressivo, nervoso, intolerante. Tínhamos que viver ''pisando em ovos'' em casa, pois qualquer comportamento ou atitudes que ''ele'' colocava em sua mente que estivessem errados, já era motivos para brigas, gritos e agressões...
Minha avó sempre foi muito católica, passava horas rezando, fazendo novenas, na tentativa de que ele largasse a bebida, passava dias chorando, indo atrás dele em bares, jogando as bebidas dele fora... Tudo na expectativa de que ele parasse de beber.
Nem minha avó e muito menos eu, achávamos que meu pai estava doente, que ele era um adicto e que tinha uma doença reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, que é o alcoolismo.
Não imaginávamos a dimensão desta doença que mata milhões de pessoas todos os anos no mundo.
Pensávamos que era sem-vergonhice dele o fato de ele não parar de beber, não imaginávamos que ele lutava todo dia contra este vício terrível, nós víamos que ele conseguia passar alguns poucos dias sóbrio, mas ficava terrivelmente nervoso ( crises de abstinência) e logo voltava a beber novamente.
Quando meu pai estava sóbrio, vivia me pedindo perdão pelas coisas que fazia quando estava bêbado.
Não consegui perdoar meu pai quando criança, nem quando adolescente, achava que tudo que ele fazia era pura maldade, nunca consegui enxergar a doença, apenas o perdoei quando me casei e convivi com a adicção de meu marido, quando vivi na pele a experiência de amar um adicto, quando comecei a pesquisar sobre este assunto e entendi que realmente o alcoolismo e a dependência química, são doenças, incuráveis, progressivas e fatais, reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde...
Depois que me casei, meu pai adoeceu e como eu era filha única, o levei para morar comigo e pude conviver com meu pai em seus últimos anos de vida.
Nestes anos Deus me deu a oportunidade de conhecer mais meu pai, meu pai sem o vício, meu pai sóbrio, meu pai como realmente ele era.
Descobri que, ao contrário do que eu pensava, meu pai tinha muito amor por mim, descobri que ele sempre carregou uma grande culpa por todo mal que ele nos fez em consequência do seu vício.
Por um período nos tornamos amigos e confidentes, e quando ele descobriu a adicção de meu marido, jamais julgou, e se propôs a me ajudar qual fosse minha decisão...
Em momentos difíceis, que meu marido recaia, era meu pai que estava ao meu lado sempre me dando a maior força, criamos um relacionamento de amor e carinho que nunca havíamos tido em minha infância e adolescência, fui aprendendo a perdoar e amar meu pai pelo ser humano que ele realmente era, com suas qualidades e também com seus defeitos.
Depois de alguns anos que estávamos morando juntos, descobri que meu pai estava com Alzheimer, a doença é degenerativa e a pessoa vai perdendo gradativamente a memória...
Aos poucos fui me despedindo de meu pai em vida, ele deixava aos poucos de ser meu pai, para se transformar praticamente em um filho para mim.
Aos poucos ele ia esquecendo de tudo, de minha filha, de mim, dos amigos, ia se transformando em uma criança, com comportamentos e atitudes infantis, determinada fase da doença, ele me chamava de ''mãe'', já não me reconhecia em momento algum e acredito que porque eu o trocava, dava banho e o alimentava, ele me relacionava com a mãe, na cabeça dele.
Durante todo este tempo que convivi com meu pai, fui aprendendo a ama-lo e conhece-lo cada dia mais, acredito que tudo que acontece em nossas vidas, não ocorre por acaso, tudo tem um motivo, tem um porque.
Talvez a maneira que Deus achou de me aproximar de meu pai, perdoa-lo e ama-lo, foi através da doença dele e de meu marido, só consegui entender realmente que meu pai era doente, que suas atitudes quando estava alcoolizado não eram intencionais e sim consequência de sua adicção, consegui enxerga-lo como um ser humano normal, assim como eu e você, que simplesmente tinha uma doença, que fazia ele perder o controle de sua própria vida. Entendi que ele não era um sem vergonha, ou sem moral, vagabundo, ou simplesmente um bêbado, como as pessoas insistiam em rotular.
Ele era meu pai, um adicto, um homem com muitas qualidades, e também defeitos, mas que mesmo doente conseguiu trabalhar sua vida toda e se aposentou por tempo de serviço, apesar de sua doença, nunca se entregou, e de sua forma sempre lutou para ter uma vida normal, era alegre, inteligente e tinha uma educação fora de série, colocava muitos não adictos no bolso...
Hoje quando falo de meu pai, não lembro dos maus momentos que passamos por causa da adicção, hoje quando me lembro dele, é com saudades, com ternura e carinho, e com a felicidade, de poder ter convivido com ele nos últimos anos de sua vida e conhece-lo como realmente ele era.
Hoje agradeço a Deus por ele ter sido meu pai, por tudo que ele me ensinou. Mesmo tendo a doença da adicção, ter cuidado de mim e nunca ter me deixado faltar nada. Agradeço a Deus por ter me permitido passar por tudo isso, pois através do que passei, hoje me tornei um ser humano melhor, um ser humano que ama mais ao próximo, que não julga e não tem preconceito com seu semelhante, que entende que não existe ninguém perfeito, que todos nós de uma forma ou de outra temos nossos defeitos, que ninguém é melhor que ninguém, e aos olhos de Deus, somos todos iguais, e ele nos ama da mesma forma.
Hoje te agradeço e me recordo com saudades....Obrigado por tudo pai, sempre vou te amar!!! SAUDADES.....





sexta-feira, 7 de março de 2014

Carnaval em paz.......

Olá meus queridos, tudo bem com vocês? por aqui tudo em paz só por hoje, carnaval abençoado, passamos em casa assistindo filmes e visitei a mamis...rsrs
Meu familiar adicto se encontra trabalhando ''sozinho'', graças a Deus e eu tenho podido contemplar a graça de velo indo e vindo trabalhar todos os dias sem as recaídas...Engraçado, para a maioria do mundo isto é normal , mas para nós, esposas e familiares de adictos é tudo tão inconstante, tão incerto, quando as coisas andam nos eixos até estranhamos...Eita doencinha que deixa a gente doida....
Bom tenho novidades, finalmente esta semana eu irei começar fazer uma coisa que a muito tempo sonhava em fazer, mas como trabalhava com meu marido o tempo todo, nunca tinha tempo para mim...
Vou começar a fazer academia....Cuidar de mim...Estou muito feliz, para mim é uma grande conquista, aprendi a valorizar cada momento e cada realização por menor que seja, pois são raros os momentos de paz...
As coisas melhoraram muito para mim, pois agora ele trabalha o dia todo, e chega só a noite, assim muitas das discussões são evitadas e também não presencio mais tantas crises de abstinência  e ataques de grosseria por motivos tão banais que nem vale a pena relatar para vocês...
Só passei mesmo para dizer que sobrevivi ao carnaval...ebaaaaaa.....e to feliz por isso.
E vamos vivendo um dia de cada vez..Bons momentos e muita paz e serenidade a todos.


Beijos no <3 de todos e amo a todos incondicionalmente....