segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

IBOGAÍNA X RECAÍDA....


Infelizmente as notícias não são boas...
Quando criei este blog, foi como propósito de dividir com vocês a realidade da minha convivência com meus familiares adictos.
Gostaria muito de apenas relatar notícias boas neste espaço, porém, neste momento esta não é a nossa realidade. A vida é feita de altos e baixos...Hoje estamos tristes, mas amanhã é um novo dia. Dor partilhada é dor diminuída. Ainda bem que tenho vocês, que me dão forças e esperanças de continuar vivendo o meu ''só por hoje''... Obrigado!!
Bem, vamos aos tristes fatos...
Minha irmã, infelizmente teve uma recaída.
Não havia completado nem 60 dias que ela havia feito o tratamento com a Ibogaína e recaiu.
É obvio, que minha mãe está desolada. Afinal de contas, em nossas cabeças cansadas de tanto sofrer por conta da adicção de nossos entes queridos, a Ibogaína é como se fosse uma ''ultima tentativa''...
Minha irmã, já demostrava sinais visíveis de que estava prestes a recaír. Após as sessões com a ibogaína, a clínica onde fizemos o tratamento nos passaram uma dieta para fazermos para nossos adictos com algumas restrições, como por exemplo; bebidas estimulantes como, café, energéticos, refrigerantes, frutas cítricas, molhos de tomate, etc.
Minha irmã desde o início não seguiu a dieta, tomou refrigerantes, comeu comidas que continham molho de tomate, e nos últimos dias até  cerveja começou a tomar.
Sabemos que o tratamento com a ibogaína não é a cura da adicção, e tão pouco uma espécie de milagre. Os resultados do tratamento são animadores, pois temos até 80% de chances de recuperação, mas 20% depende do adicto ''querer''. Se a pessoa que vai fazer o tratamento não estiver disposta a levar realmente a sério o tratamento, de nada adianta o familiar investir o dinheiro em um tratamento  relativamente caro, pois não vai obter bons resultados. Todo tratamento é preciso da colaboração do paciente para obter os resultados necessários, com a ibogaína não seria diferente.
A ibogaína tira os sintomas de abstinência e da fissura, porém, não muda o comportamento do adicto, e sabemos bem que se não houver uma mudança de comportamento as chances de uma recaída são enormes.
Gostaria também de alertar os familiares que em hipótese alguma, o adicto deve fazer o uso de bebidas alcoólicas nem mesmo com o pretexto de ''beber socialmente''.
O álcool definitivamente dispara o gatilho para o uso de outras drogas.
Como especialistas dizem que a ibogaína da uma espécie de ''reset'' no cérebro do adicto e o faz esquecer o tempo de uso voltando a ter a mesma vida de antes das drogas, muitos se iludem achando que podem ter o controle sobre a bebida e insistem em beber socialmente.
Isto é IMPOSSIVEL...Se o adicto voltar aos velhos hábitos, fatalmente voltará a ter a mesma vida de antes.
Todos os casos de pessoas que recaíram após a ibogaína que tive conhecimento, foi de pessoas que insistiram em beber achando que conseguiriam ter o controle sobre a bebida. A regra é ''Evite a primeira dose''.
A adicção é, e sempre será uma doença compulsiva. O adicto nunca terá o controle sobre o uso de qualquer tipo de droga. Isto esta mais do que comprovado meus amigos.
Infelizmente existem muitas pessoas agindo de má fé, prometendo milagres e a cura definitiva com o tratamento da ibogaína, pesquisem muito antes de decidirem fazer o tratamento. Como já ressaltei em posts anteriores, não façam o uso da ibogaína em casa, de nada adianta comprarem a ibogaína pela internet para o adicto tomar em casa, pois é muito arriscado, e o tratamento tem que ser feito acompanhado por pessoas especializadas e capacitadas para isso.
Tenho recebido alguns e-mails de pessoas que levaram golpes de clínicas que fizeram o tratamento com a ibogaína e logo em seguida recaíram, e quando os familiares foram procurar algum suporte nas tais ''clínicas'', as mesmas já estavam fechadas, ou seja aplicaram o golpe e fugiram com o dinheiro dos pacientes ibogaínados.  Uma destas clínicas golpistas ficava na cidade de Santa Isabel, no vale do paraíba. Tomem muito cuidado com estas pessoas que só pensam em explorar o familiar em momento de desespero.
Mais uma vez quero ressaltar, que não são todas as clínicas que são autorizadas a fazer este tipo de tratamento, por isso pesquisem muito antes de tomarem a decisão, busquem referências.
Infelizmente, ainda existem poucos lugares que fazem este tratamento com seriedade.
Após o tratamento com a ibogaína, é necessário que o adicto continue fazendo terapias periodicamente, para que o tratamento obtenha o resultado desejado, não é apenas fazer as sessões com a ibogaína, tem que ter um acompanhamento com especialistas para se tratar o comportamento adictivo. A pessoa tem que se conscientizar de que deve evitar lugares, pessoas e comportamentos da época da ativa. Recomenda-se a pratica de exercícios físicos, participar de grupos de ajuda, e buscar uma espiritualidade. Apenas desta forma o tratamento obterá bons resultados.
Como vocês podem notar, não existe milagre, tudo depende da boa vontade e do esforço do adicto de se manter em recuperação, a ibogaína é apenas uma ferramenta de ajuda no auxílio a recuperação do dependente químico.
Vamos orar para que minha irmã tenha um despertar espiritual e entre de fato em recuperação, vamos tentar conscientiza-la a fazer uma aplicação extra de ibogaína, na esperança de que desta vez ela leve a sério a sua recuperação. Infelizmente não está em nossas mãos, depende somente dela. Nós a amamos, e queremos muito vê-la bem, e em recuperação.
Estamos tristes com o fato, mas não perdemos a fé de que amanhã possa ser um dia melhor que hoje... Vamos vivendo um dia de cada vez com a ajuda do nosso Amantíssimo Deus.



Se quiserem falar comigo a respeito do tratamento com a ibogaína, me contatem através do e-mail:
lucianamarcelin@gmail.com
ou mandem mensagens diretamente na minha pagina do face: https://www.facebook.com/14anoslutandoporumdependentequimico?ref=aymt_homepage_panel.
 
Muita paz e serenidade a todos nós...AMO CADA UM DE VOCÊS INCONDICIONALMENTE.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sobre a Ibogaína

Boa noite amigos!!
Tenho recebido alguns emails de pessoas com duvidas sobre o tratamento com a ibogaína, por isso irei postar novamente as informações que pesquisei um tempo atrás sobre a Ibogaína.
Para quem quiser mais informações sobre o local onde meu marido fez o tratamento e os custos me mandem um email para : lucianamarcelin@gmail.com ou me mandem mensagem pelo face...(link na lateral do blog)

SOBRE A IBOGAÍNA....


Bom dia meus queridos amigos, espero que todos esteja em paz e na mais perfeita serenidade com suas famílias...
Aqui em casa tudo bem, andei passando por problemas sérios com minha filha por causa da depressão, o adicto de minha convivência está trabalhando e não teve recaídas na sua droga de preferencia faz um tempinho...(parei de contar) Pois ele não se encontra em recuperação...Continua insistindo na ''cervejinha''...
Então quando realmente ele estiver limpo, começo contar seus dias de sobriedade.
Devido a correria e os problemas com minha filha, tenho tido pouco tempo de postar aqui no blog e de responder a todos emails que tenho recebido...Tenham um pouco de paciência comigo que vou respondendo na medida do possível
Hoje vou falar sobre um assunto que muitas pessoas estão em duvidas, o lado positivo e negativo do tratamento com a Ibogaína..Tenho recebido muitos emails e mensagens me perguntando sobre isso.
O meu familiar adicto não fez este tratamento devido ao alto custo, mas ele sempre teve o desejo de fazer devido aos emails que recebo falando dos resultados positivos de muitas pessoas que fizeram este tratamento.
Pesquisei um pouco sobre o assunto na internet e vou colocar alguns textos pra vocês conhecerem melhor a Ibogaína...
                           DESMITIFICANDO A IBOGAÍNA

Muito se tem falado a respeito da Ibogaína aqui no Brasil nos últimos tempos... bem e mal, com discussões apaixonadas, e, às vezes, desprovidas de cunho científico e repletas de preconceito.
Para quem não sabe, Ibogaína é uma substância extraída da planta Tabernanthe iboga, originária do Gabão, e planta sagrada utilizada nos rituais da religião Bwiti, religião e rituais estes existentes desde a pré-história. Em 1962 Howard Lotsof, na época dependente de heroína, descobriu que uma única dose de Ibogaína foi suficiente para curar a dependência sua e de alguns amigos. A partir daí surgiu com força uma rede internacional de provedores de tratamentos para dependência em todo o mundo, alguns oficiais, outros underground. Desde essa época até hoje cerca de 15.000 pessoas já fizeram o uso médico da substância, com resultados, em sua maioria, muito bons. Realmente os efeitos são surpreendentes, e, em muitos casos, ocorre uma melhora do quadro de dependência significativa, em apenas 24 horas.
Como tudo que é diferente, e como tudo que é inovador, existem também em relação à Ibogaína controvérsias e dúvidas, que tem origem na desinformação e no preconceito, e algumas vezes também em interesses econômicos. Este texto visa esclarecer as dúvidas e orientar as pessoas sobre o assunto. É interessante o fato de que a maioria das pessoas que é contra esse tratamento, não sabe absolutamente nada a respeito, mesmo alguns sendo renomados profissionais da área. É o estilo “não li e não gostei”. Na área da dependência química no Brasil, alguns egos são imensos.
Sempre que se fala de Ibogaína, cita-se o fato de a mesma ser proibida nos Estados Unidos e em mais 3 ou 4 países, sendo em todos os outros (inclusive no Brasil) isso não ocorre. Pelo contrário, o Brasil é um dos pioneiros nesse tratamento e os profissionais envolvidos, apesar de pouco conhecidos aqui, têm reconhecimento internacional. Essa proibição da Ibogaína em poucos países deve-se à desinformação e a interesses econômicos e políticos.
Primeiramente, essa medicação não interessa à grande indústria farmacêutica, visto ser derivada de plantas, com a patente de 1962 já expirada, tendo, portanto, um baixo potencial de lucro.
Alem disso, em muitos locais, o preconceito contra os dependentes faz com que eles sejam vistos como pessoas que não merecem serem tratadas e sim presas ou escorraçadas. Assim sendo, o fato da Ibogaína ter sido descoberta por um dependente químico, para algumas pessoas, já a desqualifica.
Fora isso, o falso conceito de que a planta é alucinógena, gera uma quase histeria em determinados profissionais da área, que mal informados, com má vontade, e baseados em informações conflitantes pinçadas na internet, repassam informações errôneas adiante. A Ibogaína não é exatamente alucinógena, é onirofrênica, (Naranjo, 1974; Goutarel, Gollnhofer, and Sillans 1993), ou talvez seja melhor dizer, remogênica, ela estimula a mente de maneira a fazer com que o cérebro sonhe, mesmo com a pessoa acordada. Isso é comprovado por inúmeros estudos ao redor do mundo, mas é fácil confirmar, basta fazer um eletroencefalograma (EEG) durante o efeito da substância pra se ver que o padrão que vai aparecer é o do sono REM, não de alucinações. Alem disso, a ibogaína não se liga ao receptor 5HT 2a, o alvo clássico de alucinógenos como LSD, por exemplo.
Outra crítica relacionada à Ibogaína, que é sempre citada, são as até agora 14 mortes que ocorreram, em 48 anos, como comentado acima, em cerca de 15000 tratamentos realizados. Isso dá menos de 1 fatalidade em cada 1000 tratamentos, número muito menor por exemplo do que as fatalidades provocadas por metadona, que é outra substância utilizada no tratamento da adicção, e que é de 1 fatalidade para cada 350 tratamentos.
O detalhe, sempre deixado de lado pelos detratores da Ibogaína, é que em todos os casos de fatalidades registrados, comprovadamente se detectou o uso sub-reptício concomitante de heroína, cocaína e/ou álcool, confirmado por necropsia, o que nos leva à conclusão de que não existem fatalidades relacionadas à Ibogaína e sim à heroína/cocaína/álcool e à mistura dessas substâncias... além disso, poucas coisas no mundo são mais mortais do que usar drogas.. isso sim é perigoso.
Mais outra crítica é sobre o uso em humanos, sendo que no Gabão, há 5000 anos humanos já usam a substância em seus rituais, sem problemas. Já foram feitos vários trabalhos científicos, por cientistas renomados, que comprovam a baixa toxicidade e a segurança do tratamento, desde que feito dentro dos protocolos.
A taxa média de eficácia da Ibogaína para tratamento da dependência de crack é de 70 a 80%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais é de 5%. Incrivelmente, essa taxa de 80% também é alvo de críticas... Porque não são 100%, eles dizem? Já que é tão bom, porque não cura todo mundo? Ora, nenhum tratamento médico é 100%, existem variáveis ponderáveis e imponderáveis que influenciam a evolução dos pacientes, como motivação, características individuais de cada paciente, preparação adequada, com psicoterapia pré e pós tratamento de alto nível, tudo isso faz com que haja variações na eficácia. O fato é que a Ibogaína é hoje, de longe, o tratamento mais eficaz contra a dependência que se tem notícia, em toda a história da humanidade. Feito com os cuidados necessários, é seguro, eficaz, e não existem relatos de seqüelas, nem físicas, nem psicológicas.
Assim sendo, pessoas que vivem da cronicidade da doença, para as quais não interessa que haja cura e sim perpetuação do quadro, e assim, indiretamente, perpetuação dos lucros, se insurgem contra ela.
Em toda a história da humanidade, as inovações, as mudanças de paradigma, sempre foram combatidas.
E apenas mais um detalhe: as outras opções de tratamento, são bastante ineficazes, para que se possa dar ao luxo de não dar à ibogaína a atenção que ela merece.



Muito se tem falado a respeito da Ibogaína aqui no Brasil nos últimos tempos... bem e mal, com discussões apaixonadas, e, às vezes, desprovidas de cunho científico e repletas de preconceito.
Para quem não sabe, Ibogaína é uma substância extraída da planta Tabernanthe iboga, originária do Gabão, e planta sagrada utilizada nos rituais da religião Bwiti, religião e rituais estes existentes desde a pré-história. Em 1962 Howard Lotsof, na época dependente de heroína, descobriu que uma única dose de Ibogaína foi suficiente para curar a dependência sua e de alguns amigos. A partir daí surgiu com força uma rede internacional de provedores de tratamentos para dependência em todo o mundo, alguns oficiais, outros underground. Desde essa época até hoje cerca de 15.000 pessoas já fizeram o uso médico da substância, com resultados, em sua maioria, muito bons. Realmente os efeitos são surpreendentes, e, em muitos casos, ocorre uma melhora do quadro de dependência significativa, em apenas 24 horas.
Como tudo que é diferente, e como tudo que é inovador, existem também em relação à Ibogaína controvérsias e dúvidas, que tem origem na desinformação e no preconceito, e algumas vezes também em interesses econômicos. Este texto visa esclarecer as dúvidas e orientar as pessoas sobre o assunto. É interessante o fato de que a maioria das pessoas que é contra esse tratamento, não sabe absolutamente nada a respeito, mesmo alguns sendo renomados profissionais da área. É o estilo “não li e não gostei”. Na área da dependência química no Brasil, alguns egos são imensos.
Sempre que se fala de Ibogaína, cita-se o fato de a mesma ser proibida nos Estados Unidos e em mais 3 ou 4 países, sendo em todos os outros (inclusive no Brasil) isso não ocorre. Pelo contrário, o Brasil é um dos pioneiros nesse tratamento e os profissionais envolvidos, apesar de pouco conhecidos aqui, têm reconhecimento internacional. Essa proibição da Ibogaína em poucos países deve-se à desinformação e a interesses econômicos e políticos.
Primeiramente, essa medicação não interessa à grande indústria farmacêutica, visto ser derivada de plantas, com a patente de 1962 já expirada, tendo, portanto, um baixo potencial de lucro.
Alem disso, em muitos locais, o preconceito contra os dependentes faz com que eles sejam vistos como pessoas que não merecem serem tratadas e sim presas ou escorraçadas. Assim sendo, o fato da Ibogaína ter sido descoberta por um dependente químico, para algumas pessoas, já a desqualifica.
Fora isso, o falso conceito de que a planta é alucinógena, gera uma quase histeria em determinados profissionais da área, que mal informados, com má vontade, e baseados em informações conflitantes pinçadas na internet, repassam informações errôneas adiante. A Ibogaína não é exatamente alucinógena, é onirofrênica, (Naranjo, 1974; Goutarel, Gollnhofer, and Sillans 1993), ou talvez seja melhor dizer, remogênica, ela estimula a mente de maneira a fazer com que o cérebro sonhe, mesmo com a pessoa acordada. Isso é comprovado por inúmeros estudos ao redor do mundo, mas é fácil confirmar, basta fazer um eletroencefalograma (EEG) durante o efeito da substância pra se ver que o padrão que vai aparecer é o do sono REM, não de alucinações. Alem disso, a ibogaína não se liga ao receptor 5HT 2a, o alvo clássico de alucinógenos como LSD, por exemplo.
Outra crítica relacionada à Ibogaína, que é sempre citada, são as até agora 14 mortes que ocorreram, em 48 anos, como comentado acima, em cerca de 15000 tratamentos realizados. Isso dá menos de 1 fatalidade em cada 1000 tratamentos, número muito menor por exemplo do que as fatalidades provocadas por metadona, que é outra substância utilizada no tratamento da adicção, e que é de 1 fatalidade para cada 350 tratamentos.
O detalhe, sempre deixado de lado pelos detratores da Ibogaína, é que em todos os casos de fatalidades registrados, comprovadamente se detectou o uso sub-reptício concomitante de heroína, cocaína e/ou álcool, confirmado por necropsia, o que nos leva à conclusão de que não existem fatalidades relacionadas à Ibogaína e sim à heroína/cocaína/álcool e à mistura dessas substâncias... além disso, poucas coisas no mundo são mais mortais do que usar drogas.. isso sim é perigoso.
Mais outra crítica é sobre o uso em humanos, sendo que no Gabão, há 5000 anos humanos já usam a substância em seus rituais, sem problemas. Já foram feitos vários trabalhos científicos, por cientistas renomados, que comprovam a baixa toxicidade e a segurança do tratamento, desde que feito dentro dos protocolos.
A taxa média de eficácia da Ibogaína para tratamento da dependência de crack é de 70 a 80%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais é de 5%. Incrivelmente, essa taxa de 80% também é alvo de críticas... Porque não são 100%, eles dizem? Já que é tão bom, porque não cura todo mundo? Ora, nenhum tratamento médico é 100%, existem variáveis ponderáveis e imponderáveis que influenciam a evolução dos pacientes, como motivação, características individuais de cada paciente, preparação adequada, com psicoterapia pré e pós tratamento de alto nível, tudo isso faz com que haja variações na eficácia. O fato é que a Ibogaína é hoje, de longe, o tratamento mais eficaz contra a dependência que se tem notícia, em toda a história da humanidade. Feito com os cuidados necessários, é seguro, eficaz, e não existem relatos de seqüelas, nem físicas, nem psicológicas.
Assim sendo, pessoas que vivem da cronicidade da doença, para as quais não interessa que haja cura e sim perpetuação do quadro, e assim, indiretamente, perpetuação dos lucros, se insurgem contra ela.
Em toda a história da humanidade, as inovações, as mudanças de paradigma, sempre foram combatidas.
E apenas mais um detalhe: as outras opções de tratamento, são bastante ineficazes, para que se possa dar ao luxo de não dar à ibogaína a atenção que ela merece.



Ibogaina foi efetivo em reduzir os sintomas de abstinência. Pacientes que usaram ibogaina descreveram significante diminuição na vontade de usar ópio ou cocaina durante a desintoxicação. Essas pesquisas questionaram especificos aspectos de vontade de usar droga, também pensamentos em usar drogas e planos de usar drogas. Essas medidas relataram grande diminuição no vicio dos usuários em relação à cocaína e ópio, pacientes relataram que a dose de ibogaina cortou a vontade do uso da droga de dias para meses após o tratamento.
Depressão, ansiedade e agonia são partes dos sintomas de abstinência que frequentemente levam a uma recaída durante a desintoxicação. Sintomas pós-abstinência são causados pela adaptação física e distúrbios nos neurotransmissores, e também são causados por hiperexcitabilidade emexpecificas zonas neurológicas, resultados do uso da droga por muito tempo. Ibogaina foi efetivo em aliviar a depressão e ansiedade, diminuir a hostilidade e aumentar o vigor. Ibogaina promove apreciável diminuição no sintomas de ambos, pós e durante a abstinência.





Desde quando criei o blog, recebi centenas de emails de pessoas querendo saber mais sobre este tratamento com a Iboga...
Também recebi diversos emails de pessoas que fizeram este tratamento e obtiveram excelentes resultados.
Como sabemos que a adicção é uma doença comportamental, o tratamento não faz milagres, está é a minha opinião, o grande segredo da recuperação vem do ''querer'' do adicto, este tratamento tira a fissura, o incontrolável desejo de usar drogas e ansiedade, características do adicto. Mas ainda tem que se tratar o comportamento, por isso na minha opinião o ideal seria que mesmo com o tratamento da ibogaína o adicto, continue aqui fora frequentando reuniões e mantendo o foco em sua recuperação, evitando pessoas, lugares que o levem novamente ao uso.






Diogo Nascimento Busse, 28 anos, era usuário de drogas. Du­­rante 13 anos, a vida dele foi semelhante à de outros usuários: mesmo estudando e trabalhando normalmente, passava dias fora de casa e chegou a sofrer alguns acidentes. Tentou inúmeros tratamentos psiquiátricos, psicológicos, medicamentos e internações. Nada deu resultado. Sem saída, mas com esperança de largar a dependência, há dois anos e meio, a curiosidade empurrou Busse para uma substância pouco conhecida no Brasil: a ibogaína.

Substância extraída da raiz da iboga, arbusto encontrado em países africanos, a ibogaína é usada para fins terapêuticos no país há dez anos, por uma única clínica, com sede em Curitiba. Nesse período, 130 usuários de drogas usaram o medicamento, Diogo foi um deles. Há dois anos e meio livre do crack, o advogado e professor universitário conta como foi a experiência. “Foi um renascimento. Foi uma viagem espiritual, de autoconhecimento, expandiu meus horizontes. É inexplicável. Hoje eu analiso o passado e não tenho lembranças positivas daquele tempo”, diz.
De acordo com o médico gastroenterologista da clínica Bruno Daniel Rasmussen Chaves, a ibogaína produz uma grande quantidade do hormônio GDNF, que estimula a criação de conexões neuronais, o que ajuda o paciente a perder a vontade de usar drogas. A ibogaína, segundo ele, também produz serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer. A droga é processada na Inglaterra e vendida em forma de cápsulas. O preço de uma unidade, quantidade suficiente para o tratamento, gira em torno de R$ 7 mil reais.
Não é um milagre As imagens que as pessoas enxergam enquanto estão sob o efeito da droga, segundo o médico, são sonhos. “Não se trata de alucinações, a ibogaína não é alucinógena. É como sonhar de olhos abertos, só que durante muito tempo. Durante o sono temos apenas cinco minutos de sonhos a cada duas horas. Com a ibogaína são 12 horas”, explica Chaves.
Mesmo que os resultados sejam animadores – a taxa de recaída entre os usuários da ibogaína gira em torno de 15%, enquanto nos tratamentos convencionais varia entre 60% e 70% – a substância não é um milagre e nem faz tudo sozinha. De acordo com a psicóloga Cleuza Canan, que há mais de 30 anos trabalha com dependência química, os pacientes passam por três fases. “Avaliamos clinicamente e psiquicamente o paciente. Existe uma fase de desintoxicação. São necessários 60 dias de abstinência para o paciente ir para a ibogaína. Depois que ele toma, começa uma fase que consiste na reorganização e readaptação, com terapia individual e de grupo”, afirma.
A reportagem Gazeta do Povo conversou com ex-usuários de drogas que recorreram à ibogaína. Eles foram unânimes em afirmar que, depois de tomar a substância, nunca mais tiveram vontade de se drogar. “Eu nunca mais tive vontade. Aquela fissura desapareceu. A droga é apenas uma lembrança, nada mais que isso”, diz um paciente que não quis se identificar. Segundo Cleuza, a recaída só é possível se o paciente mantiver os mesmos hábitos. “Se ele frequentar os mesmos lugares, conviver com os mesmos amigos, achar que está imune”, explica.

Algumas clínicas públicas e evangélicas


Olá meus queridos!!!
Estou repassando este post que achei no Blog da Darléa Zacharias, pois recebo muitos emails de pessoas me perguntando sobre vagas em clínicas públicas e evangélicas, confesso que não tenho muito conhecimento nesta área...
Espero que a informação possa ajudar alguém que esteja precisando internar seu ente querido... Paz e serenidade a todos.


Oi, gente! Eu sei como é a peregrinação para internar um ente querido, por que já passei por este pesadelo. Por isso, depois de muito ponderar, resolvi postar algumas opções por aqui.
Não estou endossando nenhuma delas. Por isso, pesquisem bem antes de recorrer aos serviços oferecido pelas mesmas.
Um abraço e boa sorte. Vamos precisar!

CEAD - Conselho Estadual Anti-Drogas
Telefone: 3399-1319 (segunda a sexta, das 9 às 17h).
Endereço: Rua Fonseca Teles, 121, 30° andar - São Cristóvão.
(próximo ao Largo da Cancela)

Clínica Michelle Silveira de Moraes (Estadual)
Telefones: 3395-3722.
Endereço: Estrada Reta do Rio Grande, 1300 - Santa Cruz - RJ.
Clínica Ricardo Iberê Gilson
Telefones: (24) 2471-5993 e (24) 2471-5667.
Endereço: Rua Barão de Santa Mônica, 115 - Barão Juparanã - Valença - RJ.

CREDEQ - Centro de Recuperação para Dependentes Químicos
Contato: Nélson José de Almeida.
Telefones: 3403-6796 e 3108-5816.
Endereço: Estrada do Campinho, 4700 - Campo Grande - RJ.
UTAD - Unidade de Tratamento de Álcool e Drogas
Contato: Oswaldo Saíde.
Telefones: 3477-0848 e 2440-5050.
Endereço: Estrada do Engenho Velho, 1075 - Taquara - Jacarepaguá - RJ.
CEATA - Centro de Atendimento Total ao Adolescente
Telefone: 2673-6144.
Atendimento: Quarta-feira, das 13 às 15h. Sexta-feira, das 9 às 11h.
Documentos: Certidão de nascimento, comprovante de residência e fotografia 3x4.
Endereço: Rua Correa Méier, 127. Bairro 25 de agosto - Duque de Caxias - RJ.
Fundação Leão XIII (abrigo para moradores de rua)
Contato: Alexandre.
Telefone: (21) 2564-4415.
Endereço: Higienópolis - Bonsucesso - RJ.
Abrigo para Moradores de Rua - Triagem
Telefone: (21) 2501-7806.
Endereço: Triagem - RJ.
Centro Municipal de Saúde em Duque de Caxias
Contato: Dra. Solange.
Telefone: 8811-9778.
Endereço: Ao lado do Hospital Infantil - Duque de Caxias - RJ.
3ª feira - Dra Ana Paula - de 8 às 17h.
5ª feira - Dra Ana Paula - de 13 às 17h.
6ª feira - Dra Solange - de 13 às 17h (no Hospital Duque).
AADEQ - Associação dos Amigos de Dependentes Químicos
Telefones: 2436-0672 e 2410-1278.
Endereço: Estrada Ilha de Guaratiba, 3991 - Ilha de Guaratiba.
Clínica Nise da Silveira
Telefones: (24) 3324-5997 e (24) 3323-1565.
Endereço: Rodovia Presidente Dutra, Km 282 - Barra Mansa - RJ.

Projeto Filipenses (manutenção de resultados)
Contato: Carlos Arlindo.
Telefones: (21) 2501-6572 e 2501-2854.
Fax: (21) 2218-7548.
Endereço: Rua Barão de Bom Retiro, 556/205 - Engenho Novo - RJ.Comunidade S8 (Clínica Popular para Tratamento de Dependente Químico) Direção: Elen Fontes Telefones: (21) 3395-3722 e (21) 3395-0817 Endereço: Estrada Reta do Rio Grande, 1300 - Santa Cruz - Rio de Janeiro - RJ

Associação Bom Samaritano
Telefones: (21) 2120-6030 e 9243-5666.
Endereço: Rua Lemos Cunha, 577 - RJ.
Desafio Jovem Ebenézer - Seropédica
Contato: Gil, Mauro ou Aldenir.
Telefone: (21) 3787-2964.
Local: Seropédica - RJ.
S.O.S Vida
Contato: Sueli.
Telefone: (22) 2643-4204 (das 13 às 18h).
Endereço: Igreja Metodista - Rua Raul Veiga, 150 - Centro - Cabo Frio - RJ.
Exames: Hemograma completo e Abreugrafia do pulmão.
Projeto Vida
Contato: Isaías.
Telefones: (31) 9711-5912, (33) 8812-2392 e (31) 3332-1474.
Realeza - MG.
Exames: Hemograma completo e Abreugrafia do pulmão.
Esquadrão da Vida - Nova Friburgo
Contato: Dra. Betty de Bolais e Sakiamuni.
Telefones: (22) 2522-8208, 2533-0477 e 2649-5378.
Endereço: Rua Ernesto Basilio, 48/102 - Centro - Nova Friburgo - RJ.
Site: http://www.esquadraodavida.org.br/
E-mail: info@esquadraodavida.com
Projeto Esperança
Contato: Dra. Nice e Jorge Luiz.
Telefones: (22) 3853-0009 e 9819-9339.
Endereço: Estrada Pádua, Miracema, Km 7 - Santo Antônio de Pádua - RJ
(Pegar um taxi na rodoviária de Santo Antônio de Pádua)
Esquadrão da Vida - Bauru
Contato: Edmundo Muniz e Eugênia.
Telefones: (14) 222-5076, 9772-1144 e (14) 3214-9072.
Endereço: Praça João Paulo II, sn, terminal rodoviário de Bauru, sala 49, Baurú-SP.
Projeto Kairós
Contato: Renato.
Telefone: (21) 2741-2987.
Como chegar: Rodoviária de Teresópolis. Pegar ônibus para Providência, descer na Igreja Católica Percegueiros e telefonar para a comunidade.
Carro: Seguir pela Rio-Tersópolis e entrar na BR-Além Paraíba até o Km 68,5 e entrar no bairro Persegueiros.
Esquadrão Vida - Sorocaba
Contato: Inácio Marchette.
Telefone: (15) 233-6070.
Endereço: Rua Dr. Rui Barbosa, 198 - Vila São Domingos - Sorocaba - SP.
Site: http://www.vida.org.br/
E-mail: vida@vida.org.br
Comunidade Vida Nova
Contato: Vanderson.
Telefones: (24) 2255-8877, 9964-2556 e 9841-0719.
Endereço: Walkreuse Correa Meireles 2881 - Purys (antigo Pesque e Pague) - Caixa Postal 214 - Três Rios - RS - CEP 25704-000.
Cerumu
Contato: João Bosco.
Telefones: (21) 3705-5362, 9359-7811 e 9934-6967.
Locais : São Gonçalo-RJ (triagem) Cachoeiras de Macacu-RJ (internação).
QG da Paz
Contato: Pr. Flávio Lemos.
Telefone: (21) 2699-5346.
Desafio Jovem
Contato: Pr. Carlos Roberto Pereira.
Telefones: (19) 3534-1999 e 3534-4212.
Endereço: Rua 3, n° 1780 - Centro - Rio Claro - SP - CEP 13500-162.
Site: http://www.desafiojovem.com.br/
E-mail: desafiojovem@desafiojovem.com.br
Desafio Jovem - SP
Telefone: (11) 4604-2741.
Endereço: Rod. Fernao Dias Km 62 - CPC 55 - Mairipora - SP - CEP 07600-994.
Site: http://www.desafiojovem.net/
Vale da Bênção (apoio à criança e ao adolescente)
Contato: Pr. Técio Sá.
Telefones: (11) 4136-2337 e 9956-1064.
Endereço: Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 50.
Araçariguama - SP - CEP 18138-97.
Clínica Reviver
Contato: Pastor Fernando.
Telefones: (34) 3728-4360, (34) 8807-3344 e (34) 9943-8121.
Endereço: Muriaé - MG.
Recanto Renascer
Contato: Magali.
Telefones: (15) 3343-4197, (15) 3247-4070 e (15) 9119-0736.
Endereço: av. Jaziel Azeredo Ribeiro, 4250 - Curtume.
Votorantim - SP - CEP 18112-180.
Ponto de referência: Próximo à fábrica Dixie Toga.
Site: http://www.recantorenascer.com.br/
E-mail: contato@recantorenascer.com.br









quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Codependencia, insegurança ou medo?



Olá meus queridos!!!

Graças a Deus aqui em casa tudo permanece em paz desde que meu familiar adicto fez o tratamento com a ibogaína.

Hoje fazem 66 dias que ele está limpo e em recuperação. Agradeço a Deus por cada momento de sobriedade.
Ele segue a vida trabalhando e fazendo as terapias dando continuidade ao tratamento.
Ele também tem praticado exercícios e buscado a espiritualidade 3 vezes por semana.
Enfim, ele está super bem e em recuperação e segue com sua vida normalmente.
E por mais incrível que pareça, eu não estou em paz. O problema agora parece ser comigo, acredito que por ter vivenciado muitos traumas ao longo destes mais de 15 anos, não consigo estar plenamente em paz, apesar de tudo estar bem.
Quando o ano vai acabando e chegamos perto do natal e ano novo, vai me dando uma tristeza, uma insegurança, uma angustia... Fico relembrando todos episódios tristes que eu e minha filha passamos nestas datas festivas com a adicção ativa de meu familiar.
Por mais que a gente tente e procure estar em recuperação, não conseguimos nos livrar deste sentimento de medo e insegurança. Parece que sempre esperamos o pior acontecer.
Parece um pesadelo. Da vontade de nos isolarmos do mundo.
A codependencia nos causam sequelas as vezes irreversíveis.
É triste viver assim mesmo quando tudo esta em paz.
Na casa de minha família todos bebem, pude perceber que acabei me afastando de minha família por causa de meus medos e traumas.

Na minha cabeça eu evitando pessoas e lugares, estarei protegendo meu familiar de uma possivel recaída.
Mas sabemos que não é assim, não temos o controle sobre a vida de terceiros, e muito menos conseguimos evitar as tão temidas recaídas agindo desta forma.
A única coisa que tenho conseguido agindo desta forma, é me afastar de meus amigos e familiares.
E isto me deixa profundamente deprimida. Não gostaria de me sentir assim. Mas parece que não consigo evitar estes sentimentos.
Este mês foi nosso aniversario de 19 anos de casamento, meu esposo me chamou para jantarmos fora e eu não quis. Eu evito ao máximo sair de casa, parece que vivo tentando me isolar do mundo, colocando meu familiar em uma redoma de vidro para sua ''suposta'' proteção.

Por mais que eu tente mudar o foco de meus pensamentos e tente ocupar a mente com coisas saudáveis, o fantasma do passado parece viver me assombrando.
Esta época, era para ser de alegria e comemorações, a maioria das famílias se reúnem para se alegrar  comemorarem juntos o natal e a passagem de ano.
Infelizmente eu não consigo me sentir feliz nesta época, na realidade meu desejo é que passássemos diretamente de novembro para março depois do carnaval.
Carnaval é outro feriado que gostaria de abolir de minha vida.
Sei que não é saudável se sentir desta forma e estou consciente que preciso muito de tratamento psicológicos para deixar de ter estes traumas.
As vezes pensamos que com nossos adictos em recuperação, nossas vidas voltam a normalidade e poderemos viver felizes e em paz.
Não é tão fácil assim. A codependencia também é uma doença progressiva que necessita de eterna recuperação. Por isso nós familiares precisamos muito buscar nossa recuperação para que possamos viver uma vida Harmonica de paz.
Muitas pessoas não veem a codependencia como uma doença grave, que pode causar sérios danos a saúde do familiar adicto, muitos pensam que o ''problema'' esta somente no uso de drogas abusivo do ente querido, mas não é assim. A família adoece tanto quanto o adicto nesta problemática da adicção.
Se não nos cuidarmos, além de atrapalhar a recuperação de nossos familiares,  podemos ficar extremamente doentes e depressivos.
Continuarei buscando e lutando dia após dia pela minha recuperação.
Espero sinceramente um dia, não ter mais estes sentimentos ruins e poder desfrutar de uma paz verdadeira, espero que meu coração encontre a paz.
Apesar destes sentimentos que não posso evitar, agradeço a Deus por tudo estar em paz em meu lar.
Família, vamos nos amar mais, vamos nos colocar em primeiro lugar e nos cuidar, pois somente assim poderemos ajudar nossos familiares com assertividade.
A codependencia, também é incurável, progressiva e fatal se não for paralisada.
Mas assim como para o adicto, depende de nós a nossa recuperação e vivermos em paz.
Busquemos os grupos de ajuda e se necessário até ajuda psicológica.
Vale a pena cuidarmos de nós e de nosso bem estar e saúde. Não basta somente o adicto estar em recuperação, o familiar também precisa estar.


Mudando um pouco de assunto, o tratamento com a ibogaína tem sido cada vez mais divulgado pela mídia devido ao sucesso do índice de recuperação que chega até 80%.
Muitas pessoas se animam muito quando veem o sucesso do tratamento na grande maioria dos casos.
Gostaria de ressaltar que a ibogaína não é um milagre, muito menos a cura da ADICÇÃO.
A ibogaína é uma ferramenta a mais no auxilio a recuperação da dependência química. 
Vale a pena lembrar, que para fazer o tratamento o adicto tem que ter o real desejo de entrar em recuperação e parar com o uso da droga. Se o adicto não se comprometer a viver em recuperação após o uso da ibogaína, infelizmente o tratamento não obterá o sucesso desejado.
Tudo depende do ''querer'' do adicto.
Após o tratamento recomenda-se fazer terapias periodicamente para tratar o ''comportamento'' que leva o uso da droga na doença da adicção.
Se não houver a mudança de comportamento, dificilmente o adicto conseguirá viver em recuperação.
A adicção é uma doença muito complexa, e o uso de drogas é somente a cereja do bolo.
Fiquei sabendo de dois casos de pessoas que fizeram o tratamento com a ibogaína e logo depois voltaram a fazer o uso de drogas...
Isto mostra claramente que se o adicto não se comprometer com a recuperação, evitando lugares, hábitos e pessoas do tempo da ativa, de nada adiantara ter gasto tempo e dinheiro para fazer o tratamento.
Alguns adictos precisam ser mais conscientes de que a adicção é uma doença incurável e  não existe milagre, precisam levar a recuperação a sério e parar de brincar com a doença, que é o mesmo que brincar com a própria vida.
Por isso ressalto a minha opinião mais uma vez, se não houver acompanhamento com terapias para tratar a mudança de comportamento, que é a origem da doença, de nada adianta fazer o tratamento com a ibogaína, nem nenhum outro tipo de tratamento.
Muitas pessoas tem me mandado emails e mensagens procurado saber sobre o tratamento que meu familiar fez com a ibogaína, tenho procurado responder o mais rápido que posso.
Qualquer dúvida, me chamem no Facebook  para conversarmos melhor.
Amo todos vocês incondicionalmente.

Muita paz e serenidade a todos nós...

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A minha codependencia



Depoimento de um amigo do CODA (Grupo de Co-dependentes Anônimos)

É a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo.
Todo aquele que está emocionalmente ligado e oferece seus sentimentos e sua vida para "proteger seu dependente", visando impedir que comportamentos anti-sociais tornem-se transparentes, é um co-dependente.
Procuram remover as conseqüências dolorosas do abuso de drogas do dependente, para e pelo dependente, com a intenção de minimizar ou de esconder o ocorrido, facilitando a vida do dependente químico.
O co-dependente esconde fatos, nega situações imaginando estar ajudando, na realidade está apenas adiando consequências que um dia terão de ser encaradas e que estarão tão potencializadas que as suas conseqüências serão catastróficas.
Nos relacionamentos co-dependentes não existe a discussão direta dos problemas, expressão aberta dos sentimentos e pensamentos, comunicação honesta e franca, expectativas realistas, individualidade, confiança nos outros e em si mesmo.
É o famoso "CARROSSEL DA DEPENDÊNCIA: no centro, o dependente agindo e ao redor... os co-dependentes estão reagindo, todos estão vivendo em função do dependente. O dependente se droga, fica doidão e os outros reagem a sua drogadicção e as suas conseqüências, o dependente responde as essas reações e se droga novamente, estabelecendo o carrossel da dependência química.
Os co-dependentes precisam ter coragem de colocar ¨limites¨, fazendo parar de girar o Carrossel e de desligar-se e-emocionalmente do dependente, e sentindo seus próprios sentimentos e vivendo suas próprias vidas. Só assim poderão realmente um dia se sentirem felizes e ai sim, prontos para ajudar o outro se ele assim solicitar.

As perguntas a seguir servem para identificar possíveis padrões de codependência.

1) Você se sente responsável por outra pessoa? Seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades, bem-estar e destino?
2) Você sente ansiedade, pena e culpa quando outras pessoas têm problemas?
3) Você se flagra constantemente dizendo "sim" quando quer dizer "não"?
4) Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo?
5) Você vive tentando provar aos outros que é bom o suficiente? Você tem medo de errar?
6) Você vive buscando desesperadamente Amor e aprovação? Você sente-se inadequado?
7) Você tolera abuso para não perder o Amor de outras pessoas?
8) Você sente vergonha da sua própria vida?
9) Você tem a tendência de repetir relacionamentos destrutivos?
10) Você se sente aprisionado em um relacionamento? Você tem medo de ficar só?
11) Você tem medo de expressar suas emoções de maneira aberta, honesta e apropriada?
12) Você acredita que se assim o fizer ninguém vai amá-lo?
13) O que você sente sobre mudar o seu comportamento? O que o impede de mudar?
14) Você ignora os seus problemas ou finge que as circunstâncias não são tão ruins?
15) Você vive ajudando as pessoas a viverem? Acredita que elas não sabem viver sem você?
16) Tenta controlar eventos, situações e pessoas através da culpa, coação, ameaça, manipulação e conselhos, assegurando assim que as coisas aconteçam da maneira que você acha correta?
17) Você procura manter-se ocupado para não entrar em contato com a realidade?
18) Você sente que precisa fazer alguma coisa para sentir-se aceito e amado pelos outros?
19) Você tem dificuldade de identificar o que sente? Tem medo de entrar em contato com seus sentimentos como raiva, solidão e vergonha

As 12 Promessas que o Co-dependente deve lembrar
1) Reconheço que não estou só e que meus sentimentos de vazio e solidão vão desaparecer.
2) Não sou controlado (a) por meus medos. Eu supero meus medos e ajo com coragem, integridade e dignidade.
3) Experimento uma nova liberdade.
4) Liberto-me da preocupação, da culpa e da lamentação quanto ao meu passado e ao presente. Eu me mantenho o suficientemente atento (a) para não repetir erros.
5) Experimento um novo modo de Viver e uma nova aceitação de mim mesmo (a) e pelos demais. Eu me sinto genuinamente merecedor (a) de ter o direito de ser Feliz.
6) Aprendo a me ver igualmente aos demais. Em minhas novas e renovadas relações são baseadas na igualdade de ambas as partes.
7) Sou capaz de desenvolver e manter relações saudáveis com Amor. A necessidade de controlar e manipular os outros desaparecerá na medida em que eu aprenda a confiar em mim e nas pessoas dignas de confiança.
8) Aprendo que é possível Recuperar-me e converter-me numa pessoa mais feliz, mais íntima e capaz de oferecer apoio apropriado. Eu tenho a ¨escolha¨ de comunicar-me com minha família de uma maneira segura para mim e respeitosa para eles.
9) Reconheço que eu sou uma criação única e preciosa.
10) Não dependo unicamente dos demais para poder me sentir valioso (a), sou capaz de ser feliz independente da felicidade do outro.
11) Tenho a confiança de que meu Poder Superior me guia. E venho a acreditar em minhas próprias capacidades.
12) Experimento gradualmente em minha vida SERENIDADE, CORAGEM (Força Interior) e SABEDORIA (Crescimento Espiritual).

A troca equilibrada entre ceder e requisitar, dar e receber afeto e atenção nos aproxima de modo saudável das pessoas que nos cercam sem corrermos o risco de criar vínculos destrutivos.
Como co-dependentes, dizemos sim, mas na realidade queremos dizer não; fazemos coisas que não queremos real-mente fazer, ou fazemos o que cabia aos outros fazer.
Uma atitude co-dependente pode parecer positiva, paciente e generosa, pois está baseada na melhor das intenções, mas, na realidade, é inadequada, exagerada e intrusa. A questão é que os co-dependentes estão viciados na vida alheia e não sabem mais viver a sua própria. Adoram dar, mas detestam receber, seja atenção, carinho ou ajuda. Desta forma, quanto mais se dedicam aos outros, menos autoconfiança possuem. Afinal, desconhecem os seus próprios limites e necessidades!
A co-dependência se inicia quando uma pessoa, numa relação comprometida com um dependente, tenta controlar seu comportamento na esperança de ajudá-lo. Como conseqüência dessa busca mal sucedida de controle das atitudes do próximo, a pessoa acaba perdendo o domínio sobre seu próprio comportamento e vida.
Em outras palavras, se ao nos dedicarmos aos outros estivermos nos abandonando, mais à frente teremos de nos confrontar com as conseqüências de nossa atitude ignorante.
Reconhecer nossos limites e necessidades é tão saudável quanto à motivação de querer superá-los.
Sentir a dor do outro não quer dizer ter que repará-la. Este é nosso grande desafio: sentir a dor com o intuito simplesmente de nos aproximarmos dela em vez de querer transformá-la de modo imediato.

Este hoje será meu lema: ¨Eu sou a pessoa mais importante para mim¨

Fonte:http://www.gruponaranonalegria.org/codependencia.htm

Descontrole e perdas...

Olá meus queridos!!
Aqui em casa tudo permanece em paz e meu marido continua limpo e em recuperação só por hoje.
O sonho de todo dependente químico que atinge um ponto onde abandonar o uso das drogas e álcool tornou-se uma necessidade é retomar a primeira fase de sua adicção ativa. Nesta fase era possível obter o prazer da descoberta de um novo estado de liberdade, sem sofrer severas conseqüências. Tudo era novo, gostoso e colorido.

Essa tentativa muitas vezes perseguida arduamente tem levado dependente à loucura e à morte.
Buscam incessantemente o controle no uso, porque sabem que se isso não ocorrer só restará render-se e render-se significa derrota, tudo que não Significa desejamos na vida. Ser derrotado significa perder.
A doença da dependência química tem uma característica fundamental que é a negação, a negação que não permite ao dependente perceber e aceitar todas as perdas que ele já sofreu e continua sofrendo enquanto permanece na ativa. Podemos iniciar esta lista com uma perda extremamente significativa que é o poder de decidir sua própria vida.
A liberdade de escolha lhe é totalmente retirada, e isso é fruto da progressão da doença. A partir daí inúmeras outras perdas podem ser relacionadas.
As oportunidades de aproveitar as chances de crescimento emocional, intelectual, social, profissional e material tornam-se tão escassas que viver uma vida sedentária e até marginalizada são resultados do descontrole característico da dependência química.
A recuperação a fruto da abstinência completa do uso de substancias psicoativas (drogas) somada as mudanças no seu estilo de vida. Usando desta “fórmula” é possível gradativamente ir retomando o controle de sua vida (exceto quanto ao uso de álcool e drogas) e frear as perdas resultantes da doença. O dependente químico deveria ser rigorosamente honesto consigo próprio para perceber que este ciclo vem se repetindo há tempos e que enquanto não for rompidos somente um final triste e enlouquecedor estará assegurado em sua vida. Este é o ultimo tópico da lista, a perda da própria vida.
Tentamos encontrar a liberdade através das drogas e do álcool, acabou por tornar-se escravo. Não é valido no processo de recuperação viver lamentando-se de tudo que perdeu, esse tipo de comportamento só faz crescer a culpa e a
autopiedade que para os dependentes químicos também são drogas que os levam ao inferno da adicção.
Não importa o que foi perdido, afinal nada poderia ser feito para frear esse descontrole; mas no momento em que procurou ajuda e a recebeu, tornou-se então possível romper esse ciclo. Cabe agora aceitar a doença e as suas conseqüências, responsabilizando-se por sua própria vida e recuperação e procurando meios de conduzir-se de uma maneira mais segura rumo ao crescimento necessário para a obtenção da liberdade da escravidão que a dependência química causou.
Talvez não possamos nunca obter total controle sobre nossas vidas, mas é possível controlarmos o dia de hoje.
Paz e serenidade a todos nós...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

42 DIAS EM RECUPERAÇÃO

Olá meus queridos...
Graças a Deus aqui em casa tudo segue em paz e hoje faz 42 dias que meu familiar adicto está limpo e em ''RECUPERAÇÃO'.
Fazia muito tempo que o adicto de minha convivência, não entrava realmente em recuperação.
Bebia todos os dias a quase dois anos, e sempre tinha recaídas na droga de sua preferência.
As vezes, quando ele conseguia ficar limpo, não estava em recuperação, pois os comportamentos dele continuavam iguais aos de um adicto na ativa.
Durante muito tempo ele tentou sozinho parar de fazer o uso da droga, mas suas tentativas eram todas em vão, pois ele tinha muitas reservas, e vivia no auto engano.
Não tinha a humildade para aceitar nem o primeiro passo, não aceitava que era um adicto.
Tentava de todas as formais levar uma vida normal, sem tratamentos, internações, reuniões do NA...
Mas ele não era uma pessoa normal, ele é portador de uma doença incurável, progressiva e fatal.
Ele sempre tentava substituir o uso da droga por outra droga que é o álcool. Mesmo sabendo que 99% de suas recaídas estava diretamente ligada ao uso de bebidas alcoólicas.
Meu familiar é um dependente cruzado do álcool e crack, e nunca fez o uso de drogas se não estivesse embriagado. Para ele bastava evitar o primeiro gole que ele conseguiria se manter limpo.
Mas todos nós sabemos que não é simples assim. Infelizmente esta doença é muito traiçoeira e quando menos esperamos, ela vem como um trem desgovernado derrubando tudo e nos dá uma rasteira. Não existe possibilidade de um adicto ''beber socialmente'' sem ter uma recaída, eles podem até conseguir por alguns dias beber sem grandes estragos, mas como a doença é compulsiva, eles logo perdem o controle e começam a beber exageradamente até ficarem embriagados. E com isso vem as tão indesejadas e temidas recaídas.
Este ciclo destrutivo durou muitos anos na vida de meu familiar. Todas as vezes que ele conseguiu ficar limpo, era quando ele parava definitivamente de beber. Mas de alguns anos para cá ele não conseguia permanecer por muito tempo limpo. Conseguia até se manter limpo da droga, mas em compensação bebia exageradamente todos os dias. O máximo que ele conseguia ficar sem o álcool era uma semana. Depois começava a ficar irritado, nervoso, com crises de abstinência, procurava motivos para uma discussão para ter um pretexto para sair para beber. E muitas vezes nem motivos arrumava mais, simplesmente saia e bebia sem dar satisfações.
Isso já havia se tornado rotina para ele, e mesmo vendo que cada dia a doença progredia mais, não conseguia ficar sem fazer o uso do álcool.
Logicamente, que por mais codependente que eu seja, (e eu sei que ainda sou muito) eu já estava cansada daquela vida e decidida a procurar uma casa para morar com minha filha e deixar ele seguir com suas escolhas. Aquela situação foi desgastando nosso relacionamento, nossa família e fomos ficando cada vez mais distantes, Tinha dias que não trocávamos uma palavra durante o dia.
Quando decidimos fazer o tratamento com a ibogaína, estávamos apreensivos e com medo de não dar certo. Mesmo vendo muitos casos de pessoas que fizeram o tratamento e estavam limpos a muitos anos. Não custaria tentar, afinal já estavam se esgotando todas as outras possibilidades de recuperação para ele. Nestes quase vinte anos de convivência com meu familiar adicto, já havíamos tentado de todas as formas buscar ajudas, nas clínicas, Caps, grupos de ajuda, medicamentos, psicólogos e até nas igrejas.
Infelizmente, tudo durava apenas um tempo e ele já voltava para ativa.
Tenho visto nestes 42 dias que meu familiar está limpo e em recuperação uma grande mudança na vida dele. Está mais animado, mais disposto, não tem aquelas crises de abstinência, tem feito exercícios regularmente, deixou o cigarro, começou a frequentar uma igreja, e até mesmo da alimentação ele está cuidando. ( decidiu que vai entrar em forma)
É claro meus queridos, que ele ainda tem os comportamentos de adicto, como egoísmo, infantilidade, e as vezes age com estupidez.(mas nada comparado a antes) mas isso só vai mudar com a ajuda de terapias que ele tem que fazer por um bom tempo após o tratamento com a ibogaína. Afinal a ibogaína cura o vício, mas como a adicção é uma doença comportamental, isso só vai ser tratado com a ajuda de terapias e com o tempo.
Graças a Deus ele diz que não sente vontade nenhuma de usar drogas, beber ou fumar.
Aqueles pesadelos que antes o atormentavam tanto, ele não tem mais, ele sonhava com frequência que estava usando drogas.
Graças a Deus a sua rotina de vida mudou drasticamente após o tratamento, e hoje ele trabalha o dia todo, chega em casa, toma um banho e vai malhar.
Tem ido a igreja ao menos duas vezes por semana, e quando está de folga ficamos em casa assistindo filmes, coisa que a muito tempo não fazíamos.
Hoje também tenho motivos para estar duplamente feliz, pois minha irmã que também é adicta, começa a fazer o tratamento com a ibogaína. Até sexta feira ela ficará na clínica fazendo o tratamento, e quando ela chegar também irei relatar aqui no blog como será a sua recuperação.(se assim Deus quiser)
Só tenho motivos para agradecer a Deus por estes 42 dias de paz que ele me permitiu passar.
Eu como sempre, estou cuidando de mim e da minha recuperação. Tenho passado por algumas dificuldades por causa de minha codependencia (nada relacionado ao meu familiar adicto).
Mas estou procurando me policiar para não ter ''recaídas de comportamento''.
Continuo com os pés no chão, não criando expectativas para não me frustrar. Mas sempre tendo muita fé, de que é possível sim, um adicto sair do mundo das drogas e entrar em recuperação.
É possível viver dias melhores, dias em paz, dias felizes. 
Deus é maravilhoso, e nos dá uma saída para tudo, enquanto vivemos, podemos ter esperança.
Só por hoje estou feliz, em paz e com um sentimento de que valeu a pena ter lutado, ter insistido e ter ficado para poder compartilhar deste momento feliz que meu familiar está vivendo.
O dia de amanhã?? Não sei...Mas só por hoje meu familiar está limpo e em recuperação a 42 dias.
Procuro vivenciar cada momento destes que vivemos em paz e aproveitar ao máximo cada minuto.
E isto é motivo para eu agradecer muito a Deus por tudo que tem feito em nossas vidas.
Amo todos vocês incondicionalmente. Muita paz e serenidade a todos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Feliz aniversário minha Filha!!!



Há exatos 18 anos Deus teve um sonho... Sonhou que faria um menina toda especial, com um coração maior do que pudesse caber no peito frágil, se tornou uma moça maravilhosa, responsável, digna, integra, de caráter, e uma vontade muito grande de ajudar... Essa menina que por vezes fala sem pensar, tem dificuldades em ouvir, se irrita fácil, mas sabe reconhecer quando a razão não lhe é companheira, que sabe sorrir e rir demasiadamente bem, que contagia a todos com sua alegria e bom humor, e que mesmo nos momentos de tristeza não se deixa abater, muitas vezes mesmo triste se alguém precisar de uma palavra amiga, você está sempre a disposição para ouvir e ajudar. Nessa menina, mais do que tudo isso, Deus inflou no coração doses gigantescas de uma admirável capacidade de amar...Amar ao teu próximo. Sempre foi assim. Me lembro que desde muito pequena, você já tinha este coração gigantesco. E muitas vezes, brinquedos, bonecas, sapatos e até mesmo roupas que comprávamos à você, desapareciam misteriosamente, para em seguida descobrirmos que você simplesmente havia dado a algum amiguinho que tinha menos condições.(risos) E dessa menina, hoje, faz-se uma menina grande. E dessa menina grande amanhã se fará uma menina maior ainda, que dará origem a outras meninas e meninos igualmente generosos, igualmente sábios e igualmente amorosos, num interminável ciclo sem fim.. (Já começou por esta princesinha linda que é a sua filha).

Filha, percorra os caminhos que ainda se abrirão, salte por cima das pedras que ainda surgirão nos caminhos...voe se preciso for; tropece se não houver pra onde fugir... mas levante-se sempre, avante e sem retroceder, porque a vida não costuma recompensar os que
facilmente desistem dela! Que Deus sempre te
cubra com seu manto de amor e ternura, lhe dê sabedoria e guie seus passos para que sempre tome as decisões que sejam da vontade dele para sua vida.
Você não lembra, mas há 18 anos atrás eu te carreguei no meu ventre, assim eu pude te proteger durante o período em que você se desenvolvia e ficava forte.
Hoje, você faz dezoito anos. Você cresceu e ficou pesada, (um pouquinho além da conta...kkk vc sabe que não minto).
Não posso mais te carregar nos braços e nem te proteger dos perigos da vida, mas uma coisa eu posso fazer.
Todos os dias peço a Deus que á faça forte, que você não mude a sua natureza ao sabor dos ventos que passam pela nossa vida.
Antes, nas minhas orações eu sempre pedia a Deus para te proteger de tudo quanto pudesse te ferir ou machucar.
Hoje, porém, depois de ver que você cresceu e se tornou uma "mulher", a minha oração é diferente, eu não peço mais que Deus te poupe das tristezas e das dificuldades, mas peço para que Ele em sua infinita bondade e misericórdia te
fortaleça e te dê sabedoria.
SABEDORIA, para dividires as tuas alegrias com o teu próximo; (como vc sempre fez)
SABEDORIA, para suportares o peso das tristezas e dificuldades que certamente irão passar por tua vida.( Nisto você é perita)
Peço a Deus que nestes momentos tu aprendas a ser cada vez mais humilde e amorosa, porque cada uma dessas fases serão para ti, continuamente, aprendizados de vida.
Sei que apesar da pouca idade, você já compreendes muito sobre a vida, suportou com garra muitas tristezas, frustrações, decepções, e até mesmo a ausência da pessoa que era para estar com vc nestes momentos difíceis...

Peço perdão por tantos erros cometidos devido às insanidades que minha doença me levou a cometer, na minha cabeça eu sempre achei estar fazendo o melhor.
Mas o tempo ainda vai te mostrar, nas idas e vindas das primaveras, que cada passo que você deu e ainda dará, estará sempre marcando a sua existência e amadurecendo. Nada do que passou foi em vão, e um dia poderá tirar um aprendizado de tudo isso.
Assim, filha amada, te desejo, não somente hoje, mas para toda a tua vida, que continue sendo esta pessoa extraordinária, tenho a certeza que Deus vai te honrar pela pessoa que vc é.
Que continue sendo BONDOSA com o teu próximo para poder experimentar o valor da solidariedade; Mesmo que as vezes as pessoas não reconheçam e não retribuam o bem que lhes é feito. Faça sua parte.
Que você tenhas sempre a HUMILDADE dentro de ti.
Que você seja, DEDICADA , ESFORÇADA, RESPONSÁVEL e continue sendo esta mãe maravilhosa que é.
E principalmente que você nunca perca a FÉ no Deus que deu o dom da vida para que quando, tu te ajoelhares e clamares por Ele a tua oração possa subir em cheiro suave e seres atendida,
não no teu tempo, mas no tempo de Deus.
Amo você, menina que agora se faz grande!
Amo poder estar em alguma página desta história que a cada dia é tecida no livro da tua vida! Amo poder dividir com você a expectativa de, um dia, poder sentar no final desse caminho, olhar pra trás e dizer: VALEU A PENA!
Desejo a você, um ano cheio de amor e de alegrias.( E muito trabalho, pois finalmente hoje você faz 18 anos e já pode arrumar aquele tão sonhado emprego...e não me torra mais a paciência com esta história kkkkkk Aleluia)
Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus. Parabéns a você nesse dia tão grandioso e que Deus sempre te abençoe e guarde minha filha ...








"Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão." Salmos 127:3

sábado, 4 de outubro de 2014

A FAMÍLIA É IMPORTANTE PARA O TRATAMENTO



Pensar que tudo se resolverá a partir de uma internação ou após algumas consultas médicas é uma armadilha que não polpa a mais sincera tentativa de tratamento.
A dependência é um problema que se estruturou aos poucos na vida da pessoa. Muitas vezes, levou anos para aparecer. Muitas coisas foram afetadas: o desempenho escolar, a eficiência no trabalho, a qualidade dos relacionamentos, o apoio da família, a confiança do patrão, o respeito dos empregados. Como esperar, então algo presente na vida de alguém há tempo e que lhe trouxe tantos comprometimentos desapareça de repente? Quem decide começar um tratamento se depara com os sintomas de desconforto da falta da droga e, além disso, com um futuro prejudicado pela falta de suporte, que o indivíduo perdeu ou deixou de adquirir ao longo da sua história de dependência.
Todos podem ajudar: o patrão, os amigos, os vizinhos, mas o suporte maior deve vir da família. As chances de sucesso do tratamento pioram muito quando a família não está por perto.

Veja porque a família é tão importante:

O dependente muitas vezes não tem a noção completa da gravidade do seu estado. Por mais que deseje o tratamento, acha que as coisas serão mais fáceis do que imagina. Por conta disso, se expõe a situações de risco que podem leva-lo de volta ao consumo.
O dependente sente a necessidade de “se testar”, expondo-se a situações de risco para ver o seu esforço está valendo a pena. A família deve ajuda-lo estabelecendo com o dependente regras que ajudem a afasta-lo da recaída. Todo o tratamento começa com um mapeamento dos fatores e locais de risco de recaída. A família deve ajudar o dependente a evitar esses locais. Isso não deve ser feito de modo policial. Não se trata de fiscalizar. Trata-se, sim, de chamá-lo à reflexão e a responsabilidade sempre que esse, sem perceber ou se testar se expuser ao risco da recaída.
O dependente sente dificuldades em organizar novas rotinas para sua vida sem as drogas. O dependente de drogas precisa de apoio para superar as dificuldades e estabelecer um novo modo de vida sem drogas. Vários fatores interferem nessa tarefa. A pessoa pode estar fora do mercado de trabalho há muitos anos, desatualizada e sem contatos que lhe proporcionem voltar em curto prazo. Pode ter saído da escola muito jovem e agora está pouco qualificado para um bom emprego. Há dificuldade em se relacionar com as pessoas, aguentar as frustrações, saber esperar a hora certa para tomar a melhor atitude. A autocrítica do dependente por vezes é dura consigo mesmo. Deixa um clima depressivo e de
fracasso no ar. Isso pode fazer com que os planos para o tratamento sejam deixados de lado.
A família no tratamento mostra que o diálogo ainda existe. A rotina da dependência química traz ressentimentos para todos. Muita roupa suja vai ser lavada. No entanto, é preciso entender que se trata de uma doença. Em um primeiro momento a motivação do dependente para a mudança e do apoio da família para mantê-lo motivado são importantíssimos. Isso demonstra que a família ainda é capaz de se unir, conversar e resolver seus problemas. Quando o momento de ir para o tanque chegar, todos estarão fortalecidos e o assunto será tratado com mais ponderação e menos emoção.

Texto retirado do blog:http://adictolandia.blogspot.com.br/

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A ADICÇÃO TEM CURA??? A IBOGAÍNA CURA A ADICÇÃO?




0lá meus queridos!!!
Como vocês estão? Quero primeiramente desculpar-me pela ausência, por ter ficado estes dias sem postar. Graças a Deus está tudo bem por aqui, mas as vezes com a correria do dia a dia não nos sobra tempo para nada.
Bem, vou começar respondendo esta pergunta que muitas pessoas estão fazendo a respeito da ibogaína, e se ela cura a adicção como muitos estão prometendo pela internet afora. Vou deixar aqui a ''MINHA OPINIÃO'' sobre este assunto. Deixando bem claro que isto é o que EU penso, não quer dizer que eu esteja certa, nem que eu não possa mudar de opinião caso alguém chegue e me prove o contrário.
Afinal temos que ter a mente aberta e reconhecer com humildade, que a vida é uma eterno aprendizado, e cada dia que vivemos aprendemos algo novo. Ninguém nasce sabendo tudo ou morre sabendo tudo...Tudo é aprendido. O que as pessoas tem dentro de si, um dia esteve fora. Nascemos é com um potencial infinito de aprendizagem.

A pergunta é: -Adicção tem cura??? A Ibogaína cura a adicção?
Bem, vamos lá?
Em primeiro lugar para que eu possa responder esta pergunta, teria que responder: O que é adicção?
Na minha humilde opinião, achei que seria interessante explicar a minha vaga noção desta doença.
Adicção é uma doença primaria, ou seja, existe por si só, não deriva de nenhuma outra. Há quem defenda que o adicto  já nasce portador desta doença denominada ''adicção''. O que eu concordo, pois desde muito cedo o adicto revela uma série de comportamento desviantes.
É também, crônica, progressiva e fatal. Crônica, porque não existe a cura, uma vez adicto sempre adicto. Progressiva, porque vai se agravando com o tempo. E de determinação fatal, que mata desmoralizando. 
A adicção é caracterizada, por quatro aspectos fundamentais: Negação, Obsessão, Compulsão e Egocentrismo. Há diversos tipos de adicções, ela pode ser por: Drogas, álcool, jogos, sexo, internet, etc...
A negação tal como o nome indica, é uma falta de percepção de nossa própria realidade.
Obsessão é ter o pensamento única e exclusivamente centrado, alguns adictos quando não tem a droga de seu consumo, canalizam toda sua energia no objetivo de providenciar, e não descansa enquanto não consegue. Todos os adictos são de uma obstinação atroz, quando é bem canalizada, vão longe, e quando não é, tratam de se matar de inúmeras formas , muitas vezes convencidos de que estão no perfeito controle da situação e que o mundo se uniu para tramar contra eles.
A compulsão também faz parte da doença, e manifesta-se na incapacidade de parar uma vez que começa a ter um determinado comportamento. Um adicto, consegue até ficar períodos relativamente longos sem consumir a droga. Mas quando tomam a primeira dose, iniciam um novo ciclo, e só param quando o corpo entra em colapso. Uma é demais e mil não bastam.
A única solução para um adicto viver com qualidade de vida ( em recuperação) é a abstinência total de qualquer tipo de droga.
O egocentrismo está muito patente em um adicto (na ativa), eles vivem como se ninguém mais existisse, em função de seu prazer. Um adicto na ativa, só pensa nele, depois nele, e finalmente nele.
Outro aspecto fundamental da adicção, é a diferença entre estar limpo e estar em recuperação.
Quem está limpo não necessariamente está em recuperação. Limpo, é unica e exclusivamente a abstinência da droga. Um adicto pode estar limpo das drogas e continuar a mentir, roubar, manipular meio mundo para conseguir seus interesses, etc.
Na adicção é fundamental uma mudança a nível comportamental, mudança de atitudes. O adicto limpo simplesmente não usa drogas, o resto está tudo lá: - Desonestidade, manipulação, comportamentos compulsivos, falta de paz, insatisfação permanente, etc.
Estar em recuperação, é ser honesto em tudo que se faz, preocuparmos com quem nos rodeia, é ser humilde e lembrarmos de onde viemos, é ter boa vontade para ajudar quem precisa, sempre colocando em primeiro lugar sua recuperação. Um adicto em recuperação, tem em grande parte do tempo sua consciência tranquila, porque sabe que fez sua parte. Quando está em recuperação, ele fica sempre atento aos seus comportamentos e atitudes, evitando frequentar locais de uso, isolamento, amizades do tempo da ativa...
A adicção por ser uma doença compulsiva, faz o adicto ter uma falta de controle e obsessão que faz com que ele tome decisões levadas por imediatismo, e sua compulsão, não o deixa parar levando a um nível de sofrimento que ele se afasta e se isola acreditando que todas as pessoas são diferentes dele, e que o mundo deveria ser como ele deseja.
Esta doença e suas características, se revelam muito antes as vezes de sequer o adicto saber o que vem a ser um ''baseado''. Em alguns de forma imperceptível, em outros de forma mais aparente.
Existem muitos adictos que nunca sequer usaram drogas, nem por isso deixam de ser adictos.
A Organização Mundial de Saúde, reconhece a adicção como doença. Por definição, o diabete, ou a pressão alta, a doença da adicção não é culpa do adicto. Como já disse muitas vezes neste blog, um adicto não é um sem moral, um sem vergonha, um mal caráter. Portanto ao tratar a Dependência química, a questão não é somente a droga em si. A grande questão é a mudança do individuo, a conscientização e a interiorização de sua condição de doente, e a prática de uma solução para estagnar esta doença. É uma doença que atinge o espiritual, o emocional, os comportamentos e o físico. A mudança tem que ser em todas as áreas, o equilíbrio destas partes é muito importante e primordial para o sucesso. 
Bom meus queridos , eu acredito que:- Não existe cura para adicção. Acredito que o adicto possa estacionar a doença e viver em recuperação, conheço vários adictos que estão a muitos anos limpos e em ''recuperação''.
Portanto eu coloquei aqui todas estas questões, porque apesar de muitos familiares e adictos saberem de cor e salteado tudo o que relatei aqui, existem muitas pessoas que ainda desconhecem completamente a doença, muitos familiares que começaram a pouco tempo conviver com o problema da dependência química de seus familiares adictos. E venho aqui alertar a todos vocês meus queridos, que fiquem espertos, e desconfiem destes tratamentos milagrosos que dizem curar a adicção. NÃO existe a cura ( pelo menos por enquanto).
Algumas pessoas de minha rede social (Donos de clínicas), me excluíram e até me bloquearam, simplesmente por eu estar relatando aqui em meu blog o tratamento que meu marido fez com a Ibogaína, pessoas que tem a mente fechada e não estão dispostas a sequer pesquisar mais sobre o assunto para depois dizer se é contra ou a favor do tratamento. Pessoas que pensam que já sabem tudo, e qualquer pessoa que pense diferente do que elas ''acreditam'' ser o certo, simplesmente ela excluí de suas vidas, sem sequer conversar a respeito do assunto. Isso para mim é imaturidade e falta de humildade. Eu respeito a opinião das pessoas e tenho muitos amigos que não acreditam no tratamento com a Ibogaína, nem por isso eu exclui ou bloqueei estas pessoas do meu ciclo de amizade.

Entendo a grande maioria não acreditar no tratamento por parecer uma espécie de ''milagre''... Afinal a pessoa faz o tratamento durante uma semana, e sai da clínica completamente livre das crises de abstinência e fissuras que levam a grande maioria dos dependentes químicos a recaírem. A pessoa simplesmente perde totalmente o desejo pelo uso da droga. Não conseguem sequer se imaginarem novamente fazendo o uso.( assim eles dizem)
Assim como todos vocês meus queridos, eu também não sou de acreditar em tratamentos milagrosos, ainda mais se tratando de uma doença tão complexa como a adicção. E foi justamente por isso que demorei tanto para tomar a decisão de fazermos este tratamento, vamos ver se realmente funciona, e se de fato é tão bom como dizem centenas de pessoas que já fizeram e permanecem limpos até o dia de hoje.
Quem acompanha meu blog, pode ver quantas tentativas eu e meu marido já fizemos em busca da tão sonhada recuperação, posso dizer a vocês que a única vez que meu marido ficou limpo, e em recuperação por um bom tempo ( 2 anos e 8 meses) foi quando ele resolveu frequentar uma igreja.
Claro que em todos estes 16 anos de dependência química do meu marido, ele já logrou por outros bons períodos em que permaneceu ''limpo'', mas não em recuperação. Pois as crises de abstinência eram constantes, o que o deixava com um péssimo humor, depressivo e angustiado. Era uma luta diária que ele travava contra si mesmo para permanecer limpo. Pude acompanhar por todos estes anos suas tristezas e frustrações. Era tudo muito difícil, principalmente por ele ser dependente cruzado( alcoolista e drogadicto).
Em quase todos os lugares que existe no planeta,tem a bebida alcoólica. Praticamente não tínhamos vida social.
Pouco antes dele fazer o tratamento dia 09-09-2014, ele estava vivendo na ativa, bebendo todos os dias e tendo uma recaída após a outra (na droga).
Quem acompanha o blog, sabe que eu já estava procurando uma casa para nos separarmos, pois já não suportava mais viver naquela situação.
Por mais que eu estivesse em recuperação, e não permitisse que o comportamento insano dele me afetasse tanto quanto antes, tinha minha filha e minha neta que não mereciam viver neste ambiente caótico que é a convivência com um adicto na ativa.
Meu marido passou por 9 internações que não surtiram efeito, fez diversos tratamentos com medicações, passou várias vezes pelo psicólogo, fez terapias, participou do Narcóticos anônimos, e para ele nada disso o mantinha limpo por muito tempo. E  quando ele conseguia permanecer limpo por algum tempo, a convivência se tornava insuportável, pois parecia que ele queria descontar todas suas frustrações por não estar fazendo o uso de suas drogas de preferência na nossa família. Acordava irritado, tinha alterações de humor inexplicáveis, ataques de grosseria sem motivo, crises de auto piedade, manipulava, fazia chantagens emocionais, agia com infantilidade, e ficava todo o tempo depressivo. Chegava a ser pior a convivência com ele nas crises de abstinência do que a convivência com ele na ativa. A família tem que ter muita estrutura ( e uma paciência de Jó) para suportar passar por tudo isso e manter a serenidade.
Conheço pessoas que conseguiram entrar em recuperação depois de uma internação e permanecem limpos até hoje, como conheço muitas que só frequentam o NA e conseguem viver em recuperação praticando os passos, outras buscaram a espiritualidade, e também conseguiram permanecer limpos e em recuperação, também tem os que conseguem viver em recuperação, fazendo o uso de medicamentos e terapias pelo CAPS, enfim, quando o assunto é dependência química, não existe uma receita de bolo que pode ser seguido por todos. 
Agora eu pergunto a vocês meus queridos: -E quando os familiares já tentaram todos estes recursos e ainda assim o adicto não consegue permanecer limpo e em recuperação???

Acredito que toda ferramenta que auxilia na recuperação da dependência química é valida e devemos tentar.
Infelizmente se formos nos apegar as estatísticas, vamos desanimar, pois o índice de recuperação de dependentes químicos é baixíssimo, infelizmente esta doença é traiçoeira. As vezes, quando menos se espera, quando tudo parece estar bem, e a vida começa entrar no eixo novamente, depois de meses ou até mesmo anos de luta para permanecer limpo e em recuperação o adicto recaí. E com isso tudo se desmorona novamente. Não é assim?
Parece um pesadelo que não tem fim...Somente quem tem um familiar adicto pode entender o sentimento de impotência da família perante a doença.
Alguns donos de clínicas, são contra o tratamento com a Ibogaína pois infelizmente, visam somente o lucro e não a recuperação do dependente químico.
Meus queridos, eu não estou generalizando, conheço muitos profissionais sérios e competentes, donos de clinicas, e de comunidades terapêuticas, que realmente tem amor pelo trabalho, e tratam o dependente químico com dignidade e respeito, oferecendo o devido tratamento para que o adicto, entre de fato em recuperação.
Não estou aqui fazendo apologia ao uso da Ibogaína,(embora eu esteja acompanhando, a eficacia do tratamento até o presente momento) estou aqui relatando minha história, afinal foi com este propósito que criei este blog. Relatar a recuperação do familiar adicto, e do codependente. Aqui falo sobre a minha vida, falo sobre a minha história, os que me conhecem e acompanham minha história, sabem que meus relatos são verdadeiros, acompanharam nossa luta durante estes anos, nunca falaria sobre um determinado assunto no blog, se eu não tiver a certeza de que poderá edificar, ou ajudar de alguma forma algum familiar ou um adicto que ainda sofre nas garras da dependência química. Afinal de contas, eu sei bem o que é passar noites sem dormir, angustiada, com o medo e a preocupação de que algo terrível pudesse acontecer com meu familiar adicto. Sei como nós familiares, adoecemos junto com o adicto, por nos sentirmos impotentes e saber que nada podemos fazer para salvar a vidas de nossos queridos adictos. Sei o quanto é doloroso assistir o suicídio lento de quem amamos. 
Se tem algumas clínicas, que se sentiram ofendidas por eu estar postando a recuperação do meu marido após o tratamento com a Ibogaína, sinto muito por vocês, se fossem profissionais competentes e capacitados para trabalhar com a recuperação de dependentes químicos, não estariam tão preocupados com o simples fato de eu relatar se o tratamento realmente é eficaz ou não. Tenho certeza de que milhares de famílias, tem a mesma curiosidade que eu tinha até alguns meses atrás, a respeito deste tratamento. Porque não expor no blog a realidade do tratamento com a ibogaína? Existem pessoas que chegam ao cúmulo de dizer: ele optou pelo caminho mais fácil...Ele é um fraco, acomodado. Quem em sã consciência iria optar pelo caminho mais difícil??
Admiro os adictos guerreiros, que conseguem permanecer limpos e em recuperação ''na raça'', por anos participando somente do grupo praticando os passos, apenas com força de vontade e determinação, matando um leão por dia para se manter sóbrio. Por todos os relatos que já li em minha vida sobre recuperação de dependentes químicos, todos confessam que é muito difícil, e que é uma batalha diária, muitas vezes sofrida e dolorosa, para permanecer limpo e em recuperação.
Não vejo nada de errado, muito pelo contrário, em aliviar toda esta dor e sofrimento para manter a sobriedade, que o adicto carrega consigo por causa da doença. Afinal eles já sofrem tanto com todos os aspectos da doença. É muito mais fácil viver em recuperação, sem as crises de abstinência, sem as fissuras e o desejo incontrolável de usar drogas.
E se existe um tratamento, que é capaz de eliminar todos estes sintomas, porque não falar sobre ele?
Seria muito egoísmo da minha parte, querer o bem somente de meu familiar adicto. Nem todos os adictos conseguem se manter limpos, com internações, com NA, com tratamento no Caps, etc...Mas conseguem entrar em recuperação após o tratamento com a ibogaína e estão a anos limpos e em recuperação. Eu mesma já recebi diversos emails de adictos que fizeram este tratamento e hoje estão muito bem.
Se o tratamento com a Ibogaína é tão eficaz como se tem comprovado até o momento, porque não liberar este medicamento para ajudar a salvar milhares de vidas que estão nas garras das drogas?

Na minha opinião o medo destas ''clínicas'', a maioria clandestina. É de que realmente a Ibogaína cumpra o que promete, que é de 80% de chances de recuperação de dependentes químicos, de heroína, crack, cocaína, maconha e álcool. Porque na realidade, elas não estão preocupadas em salvar vidas, e nem com a recuperação dos adictos...Elas estão preocupadas somente com os ganhos que podem obter em cima do sofrimento dos familiares e dos dependentes químicos. Elas só querem saber de dinheiro, dinheiro e dinheiro... Lamentável.

Perdoem -me pelo desabafo, é que estou indignada com alguns absurdos que ocorreram no decorrer da semana por parte destas que se denominam ''clínicas de recuperação'', que exploram, mau tratam, e até mesmo agridem os adictos, e nem pensam em trabalhar realmente com base na recuperação.( falo por experiência própria). Esta semana mesmo, o irmão de uma amiga fugiu de uma destas clínicas clandestinas, por não haver o mínimo de estrutura para os adictos se recuperarem, para se ter uma idéia, os familiares internaram os adictos nesta ''clínica'' e depois de algum tempo eles ligaram comunicando aos familiares que iriam mudar de endereço por problemas de documentação do local, ou seja ao invés de regularizarem a situação, mudaram de endereço e continuaram trabalhando clandestinamente em um cubículo sem condições mínimas para tratar os adictos. 
Para piorar, eles nem ligaram para os familiares, para comunicar a fuga deste irmão de minha amiga, se não fosse ele ter ligado para pedir ajuda para ir embora, a família estaria sem saber notícias até agora.
Existem clínicas e comunidades terapêuticas de excelente qualidade, que trabalham com seriedade, profissionalismo, respeito pelo paciente e priorizam a recuperação e não somente o lado financeiro, são estas que nos ajudam na recuperação de nossos familiares adictos, admiro o trabalho destes profissionais. Precisamos das clínicas, precisamos das comunidades terapêuticas, precisamos do Caps, precisamos do Narcóticos Anônimos, precisamos das igrejas, precisamos dos grupos de ajuda para familiares, precisamos do nosso PODER SUPERIOR.
Todas as ferramentas de ajuda á prevenção e recuperação da dependência química, são válidas. Até mesmo porque nem todos podem fazer o tratamento com a Ibogaína.

Sozinhos não conseguimos, temos que levantar uma bandeira contra as drogas, temos que nos unir, temos que lutar para salvar cada vez um número maior de vidas, e não ficar com discussões idiotas de qual método de recuperação é o melhor.
O que pode ser bom para você, pode não ser bom para mim. Enquanto vocês ficam nesta disputa infantil e sem nexo de o que seria o melhor, e quiserem ser os donos da razão, nossos jovens e crianças estão morrendo, esposas estão ficando viúvas, filhos ficando órfãos, pais estão perdendo seus filhos amados, tudo por causa das drogas.

Desde que meu marido fez o tratamento com a Ibogaína, ele está limpo, nunca mais sentiu vontade de usar drogas, nem de beber, e também não quer nem saber do cigarro.
Está praticando exercícios físicos todos os dias.
Segundo ele me conta, ele se sente uma nova pessoa, ele diz que parece que todo aquele passado sombrio tivesse sido apagado de sua mente. Ele diz que se sente com a alma renovada.

Semana passada ele decidiu que iria fazer um serviço extra, no interior de SP.
Quem acompanha nossa história sabe que em todos estes anos eu sempre viajei ao seu lado, porque se ele saísse sozinho fatalmente tinha uma recaída. ( quem ler o blog vai constatar este fato) Essa era uma maneira de eu ''controlar'' a vida dele, achando que assim evitaria possíveis recaídas.
Durante muitos anos, ele realmente não conseguia mais sair sozinho, sem que houvesse uma recaída, decidimos que iríamos na quinta -feira e voltaríamos no sábado.
No dia de viajar decidi deixar ele ir sozinho, já que era para testar a eficácia do tratamento com a Ibogaína essa era uma ótima oportunidade, se ele conseguisse ir, fazer o serviço, e voltar para casa, realmente o negócio era bom...Não sou uma pessoa pessimista, também não sou uma pessoa otimista, em todos estes anos convivendo com a problemática da dependência química em meu lar, aprendi a ser ''realista'', sou muito pé no chão, não fico criando expectativas para não me decepcionar.

Por isso, fico todo o tempo observando as reações, os comportamentos dele, tudo para comprovar se realmente este tratamento é eficaz. ( confesso que sou meio tomé...tenho que ver para crer)
Bom, ele foi na quinta trabalhou um pouco e foi dormir na casa de um casal de amigos nossos que são evangélicos; Detalhe ele me mandava mensagens e fotos pelo whatsaap a todo tempo para mostrar que estava bem, coisa que ele nunca tinha o costume de fazer; dar satisfações.
E depois de trabalhar o dia todo, ainda foi ele que fez o jantar na casa de nossos amigos, minha amiga, me mandava mensagens dizendo que havia notado nitidamente uma mudança no comportamento dele, estava mais calmo, mais sereno.
Na sexta, ele trabalhou o dia todo, e decidiu vir embora para casa. Como são quatro horas de distância de onde ele estava para nossa casa, quando ele chegou na altura de São Paulo, ele estava exausto, e resolveu me mandar uma mensagem dizendo que iria dormir na casa da irmã.
Pronto! Neste momento confesso que acabou minha serenidade e comecei até passar mau... As vezes é inevitável nos sentirmos assim.

A irmã dele mora em uma cidade da grande São Paulo, e foi lá que ele começou a usar drogas, todos os primos dele são adictos, ou traficantes, e para ajudar, a irmã dele mora bem no meio de duas favelas da cidade, onde ele sempre ia usar quando estava na ativa.
Bem, não vou mentir que eu tive praticamente a certeza de que ele iria recair, afinal a IBOGAÍNA é um tratamento para recuperar um dependente químico, mas não faz milagres.
Ele nunca havia ido para casa da irmã uma única vez sequer, que não houvesse tido recaídas, e ele sempre estava comigo, imagina sozinho.
Chegando a casa da irmã dele, ele me mandou uma mensagem que havia chegado bem, iria tomar banho e dormir, afinal estava muito cansado e havia trabalhado e dirigido o dia todo. Tirou uma foto dele com a irmã, me mandou e foi dormir dizendo que no outro dia cedo viria para casa.
Nem dormi. Fiquei a noite toda pensando...Ele deve ter saído, deve estar usando droga agora, ele está com dinheiro, meu Deus, este tratamento foi tão caro, deveria ter ido com ele...Estes e outros pensamentos típicos de uma codependente na ativa, não saiam de minha cabeça, por mais que eu tentasse evitar. Fazia muitos meses que eu já não me sentia assim, mesmo nas recaídas eu mantinha a serenidade.
Amanheceu o dia e quando foi umas 7 horas da manhã, a irmã dele me ligou dizendo que ele tinha acabado de sair para vir embora, que tinha dormido bem a noite toda e que achou ele super bem.
Confesso que foi um alívio, resolvi ligar quando deu umas 8 horas para saber se ele já estava chegando. E para minha surpresa, ele disse que estava em São Paulo ainda.
Pronto, bateu o desespero de novo...São Paulo??? O que ele tinha para fazer em São Paulo?? ( Só podia ser Deus me testando...)
Ele me respondeu calmamente: - Estou aqui no Brás, dando uma olhada nas lojas e daqui a pouco vou embora. Me mandou até uma foto de onde ele estava no momento.
Quem mora em São Paulo, sabe que ali pelas redondezas do Brás, fica a Cracolândia, vocês já podem imaginar quantas coisas se passaram por minha cabeça nestes momentos, que para mim, pareceram uma eternidade. Garanto a vocês que nenhuma delas foi boa.

Bom, resumindo a história, ele chegou em casa na hora do almoço, chegou bem, sóbrio, com presentes para nós, comprou roupas para ele, e depois de 20 anos de casados, pela primeira vez ele comprou cobertas e utensílios para casa, ele nunca foi ligado nestas coisas...Sem contar que eu havia emprestado R$500,00 para ele viajar, ele me pagou quando chegou e ainda deu um dinheiro a mais que ele havia ganho com o trabalho. ( A ibogaína passou na primeira fase do teste.kkk)
Bem, para a maioria das pessoas isto são atitudes normais, mas não para nós. Por isso até o momento, estou surpresa e muito satisfeita com o resultado deste tratamento. Realmente é parecido com todos os relatos que li e ouvi de pessoas que já fizeram o mesmo tratamento.
Estou aqui dividindo minha expêriencia com vocês meus queridos, na esperança de que mais pessoas possam ser ajudadas com este tratamento.
Agora respondendo a segunda pergunta: Na ''MINHA'' opinião, até que me provem o contrário, a Ibogaína não cura a adicção, ela paralisa a progressão da dependência química na vida do adicto.





Dependência química é uma coisa, Adicção é outra . Esta é a minha opinião.
Uma vez adicto, sempre adicto. Adicção é uma doença que o adicto nasce com ela, o uso de drogas é apenas uma consequência da doença. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja a vida é controlada pelas compulsões, e estas compulsões podem variar muito.
Dependente químico:É um vicíado em qualquer tipo de drogas, o qual entrou e pensava que quando quisesse poderia deixar. Portanto meses ou quem sabe anos se passaram e o indivíduo que pensava de uma forma, infelizmente tornou-se um dependente ou escravo de algo que ainda sabendo que o destrói, a cada dia sente-se incapaz de reagir contra o mal que o destrói
Todo dependente químico é um adicto, mas nem todo adicto é dependente químico.
Na minha cabeça, uma pessoa que passa por um longo período de sobriedade ( anos) sem fazer o uso de substâncias químicas ou seja as drogas, não sente mais as fissuras, as crises de abstinência, sua vida já não é mais dominada pelo vício, mas sim por suas próprias vontades e decisões, deixa de ser um dependente químico. Seu corpo não depende mais daquela substância, e você já não é mais escravo das drogas. Então você é um adicto em recuperação, mas não mais dependente daquela substância química. É obvio que se você voltar a fazer o uso da mesma substância química, volta a se tornar um escravo da droga ou um dependente dela. Eu só sou dependente, se dependo ou sou escravo de algo ou de alguém, fisicamente ou psicologicamente falando.
Por exemplo, um filho só é dependente dos pais enquanto são crianças, ou dependem financeiramente deles. Se acaso este mesmo filho, cresce, arruma um emprego e sai de casa para construir sua vida, ele deixa de ser dependente dos pais e passa a ser responsável por si.
Do mesmo modo que uma pessoa que deixou de fumar a muitos anos deixa de ser dependente da nicotina. Mas é claro que se ela decidir voltar a fumar, no mesmo momento se torna dependente novamente. Do mesmo modo que um obeso, quando decide a fazer uma dieta de reeducação alimentar, ele que era viciado ou dependente da comida em demasia, reaprende a se alimentar de forma correta e saudável e não mais depende daquele estilo de alimentação para sobreviver.
O que eu acredito que a Ibogaína faz, é, segundo o que pesquisei  e pelo que estou podendo comprovar;- Ela neutraliza a parte do cérebro do adicto que é responsável pelo prazer que ele sente pelo uso da droga, fazendo com que ele esqueça todas as sensações e prazeres do tempo do uso, eliminando a dependência que ele tem sobre as substâncias químicas. Nada de crises de abstinência, euforia, desânimo, depressão e todos aqueles sintomas característicos da dependência química.
Ou seja, ele deixa de ser um dependente das drogas, mas continua sendo um adicto, que pode ou não entrar em recuperação. Isso depende do ''querer''dele. A ibogaína não muda o comportamento, nem os defeitos de caráter da adicção,(ELA NÃO FAZ MILAGRES) por isso é indicado após o tratamento, o paciente obter um novo estilo de vida, como a pratica de exercícios físicos, trabalhar (o que ajuda muito na recuperação e na auto estima) manter uma vida harmônica com seus familiares, e buscar uma espiritualidade, não importa qual seja sua religião.
Faz parte do tratamento, continuar fazendo terapias regularmente para que possam ser trabalhados estes comportamentos compulsivos e defeitos de caráter característicos da adicção.
Adicção é tratada com terapia comportamental, novos estudos de mapeamento do cérebro estão mostrando que tratamento comportamentais, do tipo psicoterapia, e remédios agem igualmente alterando as funções cerebrais. Então, adicção é uma doença do cérebro que pode ser tratada mudando funções cerebrais, através de diversos tipos de tratamentos.
Meus queridos, existem muitas e muitas pessoas sendo enganadas, por pessoas de má fé (golpistas), que estão supostamente vendendo a Ibogaína pela internet, por um preço relativamente baixo, para que a pessoa tome o medicamento sozinha em casa. Não caiam nessa, o tratamento tem que ser feito por pessoas especializadas, e não são todos que podem fazer, por isso tem os testes antes das sessões. 

Como eu já disse no post anterior, não é somente tomar as cápsulas e vir embora para casa, tem todo um acompanhamento médico, sessões de terapias e até mesmo a alimentação precisa ser completamente mudada por um tempo. A maior dificuldade que ele tem enfrentado é de não poder tomar o café que ele tanto gosta, refrigerantes, algumas frutas e certos tipos de alimentos...Mas tudo isso por apenas 60 dias, depois tudo vai normalizando aos poucos.
Eu já mencionei, mas não custa ressaltar que, existem poucos lugares no Brasil que faz este tratamento com seriedade, e dão todo suporte para o familiar e paciente adicto.
Meu marido hoje faz 29 dias que está limpo. Ele está feliz, e a todo momento agradece a Deus pela oportunidade de poder ter feito este tratamento. 
Esta semana tivemos algumas discussões...Coisas de casal. Antes ele não tinha estrutura nem para ''discutir a relação''. Tudo era motivo para sair, beber, recair e ainda por cima colocar a culpa de suas insanidades em mim. Claro que se eu disser, que o comportamento dele mudou totalmente e ele está um anjinho, estarei mentindo, ele está bem mais calmo, mas como eu disse, são as terapias que vão ajudar a mudar estes comportamentos característicos da adicção. Mas só o fato dele não sentir mais vontade de se drogar, poder viajar sozinho, ter novamente o controle de sua própria vida, não tem preço.É muito mais fácil você se manter em recuperação quando se perde totalmente o desejo pela droga. É gratificante demais para eu, depois de tanto tempo, vê-lo assim. 
Vou continuar relatando como tem sido os dias dele depois deste tratamento. Se puder ajudar ao menos uma pessoa, dividindo esta minha experiência com vocês já terá valido a pena.


Quem quiser mais detalhes sobre o tratamento entre em contato comigo pelo Face (link na lateral do blog),as vezes não consigo responder rapidamente a todas mensagens, mas responderei todas, tenham paciência com esta vovó coruja, kkkkk podem também, me mandar um e-mail para:

lucianamarcelin@gmail.com.

Desejo a todos uma semana repleta de bençãos, paz e serenidade!!! Amo vocês incondicionalmente.