terça-feira, 30 de setembro de 2014

A ADICÇÃO TEM CURA??? A IBOGAÍNA CURA A ADICÇÃO?




0lá meus queridos!!!
Como vocês estão? Quero primeiramente desculpar-me pela ausência, por ter ficado estes dias sem postar. Graças a Deus está tudo bem por aqui, mas as vezes com a correria do dia a dia não nos sobra tempo para nada.
Bem, vou começar respondendo esta pergunta que muitas pessoas estão fazendo a respeito da ibogaína, e se ela cura a adicção como muitos estão prometendo pela internet afora. Vou deixar aqui a ''MINHA OPINIÃO'' sobre este assunto. Deixando bem claro que isto é o que EU penso, não quer dizer que eu esteja certa, nem que eu não possa mudar de opinião caso alguém chegue e me prove o contrário.
Afinal temos que ter a mente aberta e reconhecer com humildade, que a vida é uma eterno aprendizado, e cada dia que vivemos aprendemos algo novo. Ninguém nasce sabendo tudo ou morre sabendo tudo...Tudo é aprendido. O que as pessoas tem dentro de si, um dia esteve fora. Nascemos é com um potencial infinito de aprendizagem.

A pergunta é: -Adicção tem cura??? A Ibogaína cura a adicção?
Bem, vamos lá?
Em primeiro lugar para que eu possa responder esta pergunta, teria que responder: O que é adicção?
Na minha humilde opinião, achei que seria interessante explicar a minha vaga noção desta doença.
Adicção é uma doença primaria, ou seja, existe por si só, não deriva de nenhuma outra. Há quem defenda que o adicto  já nasce portador desta doença denominada ''adicção''. O que eu concordo, pois desde muito cedo o adicto revela uma série de comportamento desviantes.
É também, crônica, progressiva e fatal. Crônica, porque não existe a cura, uma vez adicto sempre adicto. Progressiva, porque vai se agravando com o tempo. E de determinação fatal, que mata desmoralizando. 
A adicção é caracterizada, por quatro aspectos fundamentais: Negação, Obsessão, Compulsão e Egocentrismo. Há diversos tipos de adicções, ela pode ser por: Drogas, álcool, jogos, sexo, internet, etc...
A negação tal como o nome indica, é uma falta de percepção de nossa própria realidade.
Obsessão é ter o pensamento única e exclusivamente centrado, alguns adictos quando não tem a droga de seu consumo, canalizam toda sua energia no objetivo de providenciar, e não descansa enquanto não consegue. Todos os adictos são de uma obstinação atroz, quando é bem canalizada, vão longe, e quando não é, tratam de se matar de inúmeras formas , muitas vezes convencidos de que estão no perfeito controle da situação e que o mundo se uniu para tramar contra eles.
A compulsão também faz parte da doença, e manifesta-se na incapacidade de parar uma vez que começa a ter um determinado comportamento. Um adicto, consegue até ficar períodos relativamente longos sem consumir a droga. Mas quando tomam a primeira dose, iniciam um novo ciclo, e só param quando o corpo entra em colapso. Uma é demais e mil não bastam.
A única solução para um adicto viver com qualidade de vida ( em recuperação) é a abstinência total de qualquer tipo de droga.
O egocentrismo está muito patente em um adicto (na ativa), eles vivem como se ninguém mais existisse, em função de seu prazer. Um adicto na ativa, só pensa nele, depois nele, e finalmente nele.
Outro aspecto fundamental da adicção, é a diferença entre estar limpo e estar em recuperação.
Quem está limpo não necessariamente está em recuperação. Limpo, é unica e exclusivamente a abstinência da droga. Um adicto pode estar limpo das drogas e continuar a mentir, roubar, manipular meio mundo para conseguir seus interesses, etc.
Na adicção é fundamental uma mudança a nível comportamental, mudança de atitudes. O adicto limpo simplesmente não usa drogas, o resto está tudo lá: - Desonestidade, manipulação, comportamentos compulsivos, falta de paz, insatisfação permanente, etc.
Estar em recuperação, é ser honesto em tudo que se faz, preocuparmos com quem nos rodeia, é ser humilde e lembrarmos de onde viemos, é ter boa vontade para ajudar quem precisa, sempre colocando em primeiro lugar sua recuperação. Um adicto em recuperação, tem em grande parte do tempo sua consciência tranquila, porque sabe que fez sua parte. Quando está em recuperação, ele fica sempre atento aos seus comportamentos e atitudes, evitando frequentar locais de uso, isolamento, amizades do tempo da ativa...
A adicção por ser uma doença compulsiva, faz o adicto ter uma falta de controle e obsessão que faz com que ele tome decisões levadas por imediatismo, e sua compulsão, não o deixa parar levando a um nível de sofrimento que ele se afasta e se isola acreditando que todas as pessoas são diferentes dele, e que o mundo deveria ser como ele deseja.
Esta doença e suas características, se revelam muito antes as vezes de sequer o adicto saber o que vem a ser um ''baseado''. Em alguns de forma imperceptível, em outros de forma mais aparente.
Existem muitos adictos que nunca sequer usaram drogas, nem por isso deixam de ser adictos.
A Organização Mundial de Saúde, reconhece a adicção como doença. Por definição, o diabete, ou a pressão alta, a doença da adicção não é culpa do adicto. Como já disse muitas vezes neste blog, um adicto não é um sem moral, um sem vergonha, um mal caráter. Portanto ao tratar a Dependência química, a questão não é somente a droga em si. A grande questão é a mudança do individuo, a conscientização e a interiorização de sua condição de doente, e a prática de uma solução para estagnar esta doença. É uma doença que atinge o espiritual, o emocional, os comportamentos e o físico. A mudança tem que ser em todas as áreas, o equilíbrio destas partes é muito importante e primordial para o sucesso. 
Bom meus queridos , eu acredito que:- Não existe cura para adicção. Acredito que o adicto possa estacionar a doença e viver em recuperação, conheço vários adictos que estão a muitos anos limpos e em ''recuperação''.
Portanto eu coloquei aqui todas estas questões, porque apesar de muitos familiares e adictos saberem de cor e salteado tudo o que relatei aqui, existem muitas pessoas que ainda desconhecem completamente a doença, muitos familiares que começaram a pouco tempo conviver com o problema da dependência química de seus familiares adictos. E venho aqui alertar a todos vocês meus queridos, que fiquem espertos, e desconfiem destes tratamentos milagrosos que dizem curar a adicção. NÃO existe a cura ( pelo menos por enquanto).
Algumas pessoas de minha rede social (Donos de clínicas), me excluíram e até me bloquearam, simplesmente por eu estar relatando aqui em meu blog o tratamento que meu marido fez com a Ibogaína, pessoas que tem a mente fechada e não estão dispostas a sequer pesquisar mais sobre o assunto para depois dizer se é contra ou a favor do tratamento. Pessoas que pensam que já sabem tudo, e qualquer pessoa que pense diferente do que elas ''acreditam'' ser o certo, simplesmente ela excluí de suas vidas, sem sequer conversar a respeito do assunto. Isso para mim é imaturidade e falta de humildade. Eu respeito a opinião das pessoas e tenho muitos amigos que não acreditam no tratamento com a Ibogaína, nem por isso eu exclui ou bloqueei estas pessoas do meu ciclo de amizade.

Entendo a grande maioria não acreditar no tratamento por parecer uma espécie de ''milagre''... Afinal a pessoa faz o tratamento durante uma semana, e sai da clínica completamente livre das crises de abstinência e fissuras que levam a grande maioria dos dependentes químicos a recaírem. A pessoa simplesmente perde totalmente o desejo pelo uso da droga. Não conseguem sequer se imaginarem novamente fazendo o uso.( assim eles dizem)
Assim como todos vocês meus queridos, eu também não sou de acreditar em tratamentos milagrosos, ainda mais se tratando de uma doença tão complexa como a adicção. E foi justamente por isso que demorei tanto para tomar a decisão de fazermos este tratamento, vamos ver se realmente funciona, e se de fato é tão bom como dizem centenas de pessoas que já fizeram e permanecem limpos até o dia de hoje.
Quem acompanha meu blog, pode ver quantas tentativas eu e meu marido já fizemos em busca da tão sonhada recuperação, posso dizer a vocês que a única vez que meu marido ficou limpo, e em recuperação por um bom tempo ( 2 anos e 8 meses) foi quando ele resolveu frequentar uma igreja.
Claro que em todos estes 16 anos de dependência química do meu marido, ele já logrou por outros bons períodos em que permaneceu ''limpo'', mas não em recuperação. Pois as crises de abstinência eram constantes, o que o deixava com um péssimo humor, depressivo e angustiado. Era uma luta diária que ele travava contra si mesmo para permanecer limpo. Pude acompanhar por todos estes anos suas tristezas e frustrações. Era tudo muito difícil, principalmente por ele ser dependente cruzado( alcoolista e drogadicto).
Em quase todos os lugares que existe no planeta,tem a bebida alcoólica. Praticamente não tínhamos vida social.
Pouco antes dele fazer o tratamento dia 09-09-2014, ele estava vivendo na ativa, bebendo todos os dias e tendo uma recaída após a outra (na droga).
Quem acompanha o blog, sabe que eu já estava procurando uma casa para nos separarmos, pois já não suportava mais viver naquela situação.
Por mais que eu estivesse em recuperação, e não permitisse que o comportamento insano dele me afetasse tanto quanto antes, tinha minha filha e minha neta que não mereciam viver neste ambiente caótico que é a convivência com um adicto na ativa.
Meu marido passou por 9 internações que não surtiram efeito, fez diversos tratamentos com medicações, passou várias vezes pelo psicólogo, fez terapias, participou do Narcóticos anônimos, e para ele nada disso o mantinha limpo por muito tempo. E  quando ele conseguia permanecer limpo por algum tempo, a convivência se tornava insuportável, pois parecia que ele queria descontar todas suas frustrações por não estar fazendo o uso de suas drogas de preferência na nossa família. Acordava irritado, tinha alterações de humor inexplicáveis, ataques de grosseria sem motivo, crises de auto piedade, manipulava, fazia chantagens emocionais, agia com infantilidade, e ficava todo o tempo depressivo. Chegava a ser pior a convivência com ele nas crises de abstinência do que a convivência com ele na ativa. A família tem que ter muita estrutura ( e uma paciência de Jó) para suportar passar por tudo isso e manter a serenidade.
Conheço pessoas que conseguiram entrar em recuperação depois de uma internação e permanecem limpos até hoje, como conheço muitas que só frequentam o NA e conseguem viver em recuperação praticando os passos, outras buscaram a espiritualidade, e também conseguiram permanecer limpos e em recuperação, também tem os que conseguem viver em recuperação, fazendo o uso de medicamentos e terapias pelo CAPS, enfim, quando o assunto é dependência química, não existe uma receita de bolo que pode ser seguido por todos. 
Agora eu pergunto a vocês meus queridos: -E quando os familiares já tentaram todos estes recursos e ainda assim o adicto não consegue permanecer limpo e em recuperação???

Acredito que toda ferramenta que auxilia na recuperação da dependência química é valida e devemos tentar.
Infelizmente se formos nos apegar as estatísticas, vamos desanimar, pois o índice de recuperação de dependentes químicos é baixíssimo, infelizmente esta doença é traiçoeira. As vezes, quando menos se espera, quando tudo parece estar bem, e a vida começa entrar no eixo novamente, depois de meses ou até mesmo anos de luta para permanecer limpo e em recuperação o adicto recaí. E com isso tudo se desmorona novamente. Não é assim?
Parece um pesadelo que não tem fim...Somente quem tem um familiar adicto pode entender o sentimento de impotência da família perante a doença.
Alguns donos de clínicas, são contra o tratamento com a Ibogaína pois infelizmente, visam somente o lucro e não a recuperação do dependente químico.
Meus queridos, eu não estou generalizando, conheço muitos profissionais sérios e competentes, donos de clinicas, e de comunidades terapêuticas, que realmente tem amor pelo trabalho, e tratam o dependente químico com dignidade e respeito, oferecendo o devido tratamento para que o adicto, entre de fato em recuperação.
Não estou aqui fazendo apologia ao uso da Ibogaína,(embora eu esteja acompanhando, a eficacia do tratamento até o presente momento) estou aqui relatando minha história, afinal foi com este propósito que criei este blog. Relatar a recuperação do familiar adicto, e do codependente. Aqui falo sobre a minha vida, falo sobre a minha história, os que me conhecem e acompanham minha história, sabem que meus relatos são verdadeiros, acompanharam nossa luta durante estes anos, nunca falaria sobre um determinado assunto no blog, se eu não tiver a certeza de que poderá edificar, ou ajudar de alguma forma algum familiar ou um adicto que ainda sofre nas garras da dependência química. Afinal de contas, eu sei bem o que é passar noites sem dormir, angustiada, com o medo e a preocupação de que algo terrível pudesse acontecer com meu familiar adicto. Sei como nós familiares, adoecemos junto com o adicto, por nos sentirmos impotentes e saber que nada podemos fazer para salvar a vidas de nossos queridos adictos. Sei o quanto é doloroso assistir o suicídio lento de quem amamos. 
Se tem algumas clínicas, que se sentiram ofendidas por eu estar postando a recuperação do meu marido após o tratamento com a Ibogaína, sinto muito por vocês, se fossem profissionais competentes e capacitados para trabalhar com a recuperação de dependentes químicos, não estariam tão preocupados com o simples fato de eu relatar se o tratamento realmente é eficaz ou não. Tenho certeza de que milhares de famílias, tem a mesma curiosidade que eu tinha até alguns meses atrás, a respeito deste tratamento. Porque não expor no blog a realidade do tratamento com a ibogaína? Existem pessoas que chegam ao cúmulo de dizer: ele optou pelo caminho mais fácil...Ele é um fraco, acomodado. Quem em sã consciência iria optar pelo caminho mais difícil??
Admiro os adictos guerreiros, que conseguem permanecer limpos e em recuperação ''na raça'', por anos participando somente do grupo praticando os passos, apenas com força de vontade e determinação, matando um leão por dia para se manter sóbrio. Por todos os relatos que já li em minha vida sobre recuperação de dependentes químicos, todos confessam que é muito difícil, e que é uma batalha diária, muitas vezes sofrida e dolorosa, para permanecer limpo e em recuperação.
Não vejo nada de errado, muito pelo contrário, em aliviar toda esta dor e sofrimento para manter a sobriedade, que o adicto carrega consigo por causa da doença. Afinal eles já sofrem tanto com todos os aspectos da doença. É muito mais fácil viver em recuperação, sem as crises de abstinência, sem as fissuras e o desejo incontrolável de usar drogas.
E se existe um tratamento, que é capaz de eliminar todos estes sintomas, porque não falar sobre ele?
Seria muito egoísmo da minha parte, querer o bem somente de meu familiar adicto. Nem todos os adictos conseguem se manter limpos, com internações, com NA, com tratamento no Caps, etc...Mas conseguem entrar em recuperação após o tratamento com a ibogaína e estão a anos limpos e em recuperação. Eu mesma já recebi diversos emails de adictos que fizeram este tratamento e hoje estão muito bem.
Se o tratamento com a Ibogaína é tão eficaz como se tem comprovado até o momento, porque não liberar este medicamento para ajudar a salvar milhares de vidas que estão nas garras das drogas?

Na minha opinião o medo destas ''clínicas'', a maioria clandestina. É de que realmente a Ibogaína cumpra o que promete, que é de 80% de chances de recuperação de dependentes químicos, de heroína, crack, cocaína, maconha e álcool. Porque na realidade, elas não estão preocupadas em salvar vidas, e nem com a recuperação dos adictos...Elas estão preocupadas somente com os ganhos que podem obter em cima do sofrimento dos familiares e dos dependentes químicos. Elas só querem saber de dinheiro, dinheiro e dinheiro... Lamentável.

Perdoem -me pelo desabafo, é que estou indignada com alguns absurdos que ocorreram no decorrer da semana por parte destas que se denominam ''clínicas de recuperação'', que exploram, mau tratam, e até mesmo agridem os adictos, e nem pensam em trabalhar realmente com base na recuperação.( falo por experiência própria). Esta semana mesmo, o irmão de uma amiga fugiu de uma destas clínicas clandestinas, por não haver o mínimo de estrutura para os adictos se recuperarem, para se ter uma idéia, os familiares internaram os adictos nesta ''clínica'' e depois de algum tempo eles ligaram comunicando aos familiares que iriam mudar de endereço por problemas de documentação do local, ou seja ao invés de regularizarem a situação, mudaram de endereço e continuaram trabalhando clandestinamente em um cubículo sem condições mínimas para tratar os adictos. 
Para piorar, eles nem ligaram para os familiares, para comunicar a fuga deste irmão de minha amiga, se não fosse ele ter ligado para pedir ajuda para ir embora, a família estaria sem saber notícias até agora.
Existem clínicas e comunidades terapêuticas de excelente qualidade, que trabalham com seriedade, profissionalismo, respeito pelo paciente e priorizam a recuperação e não somente o lado financeiro, são estas que nos ajudam na recuperação de nossos familiares adictos, admiro o trabalho destes profissionais. Precisamos das clínicas, precisamos das comunidades terapêuticas, precisamos do Caps, precisamos do Narcóticos Anônimos, precisamos das igrejas, precisamos dos grupos de ajuda para familiares, precisamos do nosso PODER SUPERIOR.
Todas as ferramentas de ajuda á prevenção e recuperação da dependência química, são válidas. Até mesmo porque nem todos podem fazer o tratamento com a Ibogaína.

Sozinhos não conseguimos, temos que levantar uma bandeira contra as drogas, temos que nos unir, temos que lutar para salvar cada vez um número maior de vidas, e não ficar com discussões idiotas de qual método de recuperação é o melhor.
O que pode ser bom para você, pode não ser bom para mim. Enquanto vocês ficam nesta disputa infantil e sem nexo de o que seria o melhor, e quiserem ser os donos da razão, nossos jovens e crianças estão morrendo, esposas estão ficando viúvas, filhos ficando órfãos, pais estão perdendo seus filhos amados, tudo por causa das drogas.

Desde que meu marido fez o tratamento com a Ibogaína, ele está limpo, nunca mais sentiu vontade de usar drogas, nem de beber, e também não quer nem saber do cigarro.
Está praticando exercícios físicos todos os dias.
Segundo ele me conta, ele se sente uma nova pessoa, ele diz que parece que todo aquele passado sombrio tivesse sido apagado de sua mente. Ele diz que se sente com a alma renovada.

Semana passada ele decidiu que iria fazer um serviço extra, no interior de SP.
Quem acompanha nossa história sabe que em todos estes anos eu sempre viajei ao seu lado, porque se ele saísse sozinho fatalmente tinha uma recaída. ( quem ler o blog vai constatar este fato) Essa era uma maneira de eu ''controlar'' a vida dele, achando que assim evitaria possíveis recaídas.
Durante muitos anos, ele realmente não conseguia mais sair sozinho, sem que houvesse uma recaída, decidimos que iríamos na quinta -feira e voltaríamos no sábado.
No dia de viajar decidi deixar ele ir sozinho, já que era para testar a eficácia do tratamento com a Ibogaína essa era uma ótima oportunidade, se ele conseguisse ir, fazer o serviço, e voltar para casa, realmente o negócio era bom...Não sou uma pessoa pessimista, também não sou uma pessoa otimista, em todos estes anos convivendo com a problemática da dependência química em meu lar, aprendi a ser ''realista'', sou muito pé no chão, não fico criando expectativas para não me decepcionar.

Por isso, fico todo o tempo observando as reações, os comportamentos dele, tudo para comprovar se realmente este tratamento é eficaz. ( confesso que sou meio tomé...tenho que ver para crer)
Bom, ele foi na quinta trabalhou um pouco e foi dormir na casa de um casal de amigos nossos que são evangélicos; Detalhe ele me mandava mensagens e fotos pelo whatsaap a todo tempo para mostrar que estava bem, coisa que ele nunca tinha o costume de fazer; dar satisfações.
E depois de trabalhar o dia todo, ainda foi ele que fez o jantar na casa de nossos amigos, minha amiga, me mandava mensagens dizendo que havia notado nitidamente uma mudança no comportamento dele, estava mais calmo, mais sereno.
Na sexta, ele trabalhou o dia todo, e decidiu vir embora para casa. Como são quatro horas de distância de onde ele estava para nossa casa, quando ele chegou na altura de São Paulo, ele estava exausto, e resolveu me mandar uma mensagem dizendo que iria dormir na casa da irmã.
Pronto! Neste momento confesso que acabou minha serenidade e comecei até passar mau... As vezes é inevitável nos sentirmos assim.

A irmã dele mora em uma cidade da grande São Paulo, e foi lá que ele começou a usar drogas, todos os primos dele são adictos, ou traficantes, e para ajudar, a irmã dele mora bem no meio de duas favelas da cidade, onde ele sempre ia usar quando estava na ativa.
Bem, não vou mentir que eu tive praticamente a certeza de que ele iria recair, afinal a IBOGAÍNA é um tratamento para recuperar um dependente químico, mas não faz milagres.
Ele nunca havia ido para casa da irmã uma única vez sequer, que não houvesse tido recaídas, e ele sempre estava comigo, imagina sozinho.
Chegando a casa da irmã dele, ele me mandou uma mensagem que havia chegado bem, iria tomar banho e dormir, afinal estava muito cansado e havia trabalhado e dirigido o dia todo. Tirou uma foto dele com a irmã, me mandou e foi dormir dizendo que no outro dia cedo viria para casa.
Nem dormi. Fiquei a noite toda pensando...Ele deve ter saído, deve estar usando droga agora, ele está com dinheiro, meu Deus, este tratamento foi tão caro, deveria ter ido com ele...Estes e outros pensamentos típicos de uma codependente na ativa, não saiam de minha cabeça, por mais que eu tentasse evitar. Fazia muitos meses que eu já não me sentia assim, mesmo nas recaídas eu mantinha a serenidade.
Amanheceu o dia e quando foi umas 7 horas da manhã, a irmã dele me ligou dizendo que ele tinha acabado de sair para vir embora, que tinha dormido bem a noite toda e que achou ele super bem.
Confesso que foi um alívio, resolvi ligar quando deu umas 8 horas para saber se ele já estava chegando. E para minha surpresa, ele disse que estava em São Paulo ainda.
Pronto, bateu o desespero de novo...São Paulo??? O que ele tinha para fazer em São Paulo?? ( Só podia ser Deus me testando...)
Ele me respondeu calmamente: - Estou aqui no Brás, dando uma olhada nas lojas e daqui a pouco vou embora. Me mandou até uma foto de onde ele estava no momento.
Quem mora em São Paulo, sabe que ali pelas redondezas do Brás, fica a Cracolândia, vocês já podem imaginar quantas coisas se passaram por minha cabeça nestes momentos, que para mim, pareceram uma eternidade. Garanto a vocês que nenhuma delas foi boa.

Bom, resumindo a história, ele chegou em casa na hora do almoço, chegou bem, sóbrio, com presentes para nós, comprou roupas para ele, e depois de 20 anos de casados, pela primeira vez ele comprou cobertas e utensílios para casa, ele nunca foi ligado nestas coisas...Sem contar que eu havia emprestado R$500,00 para ele viajar, ele me pagou quando chegou e ainda deu um dinheiro a mais que ele havia ganho com o trabalho. ( A ibogaína passou na primeira fase do teste.kkk)
Bem, para a maioria das pessoas isto são atitudes normais, mas não para nós. Por isso até o momento, estou surpresa e muito satisfeita com o resultado deste tratamento. Realmente é parecido com todos os relatos que li e ouvi de pessoas que já fizeram o mesmo tratamento.
Estou aqui dividindo minha expêriencia com vocês meus queridos, na esperança de que mais pessoas possam ser ajudadas com este tratamento.
Agora respondendo a segunda pergunta: Na ''MINHA'' opinião, até que me provem o contrário, a Ibogaína não cura a adicção, ela paralisa a progressão da dependência química na vida do adicto.





Dependência química é uma coisa, Adicção é outra . Esta é a minha opinião.
Uma vez adicto, sempre adicto. Adicção é uma doença que o adicto nasce com ela, o uso de drogas é apenas uma consequência da doença. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja a vida é controlada pelas compulsões, e estas compulsões podem variar muito.
Dependente químico:É um vicíado em qualquer tipo de drogas, o qual entrou e pensava que quando quisesse poderia deixar. Portanto meses ou quem sabe anos se passaram e o indivíduo que pensava de uma forma, infelizmente tornou-se um dependente ou escravo de algo que ainda sabendo que o destrói, a cada dia sente-se incapaz de reagir contra o mal que o destrói
Todo dependente químico é um adicto, mas nem todo adicto é dependente químico.
Na minha cabeça, uma pessoa que passa por um longo período de sobriedade ( anos) sem fazer o uso de substâncias químicas ou seja as drogas, não sente mais as fissuras, as crises de abstinência, sua vida já não é mais dominada pelo vício, mas sim por suas próprias vontades e decisões, deixa de ser um dependente químico. Seu corpo não depende mais daquela substância, e você já não é mais escravo das drogas. Então você é um adicto em recuperação, mas não mais dependente daquela substância química. É obvio que se você voltar a fazer o uso da mesma substância química, volta a se tornar um escravo da droga ou um dependente dela. Eu só sou dependente, se dependo ou sou escravo de algo ou de alguém, fisicamente ou psicologicamente falando.
Por exemplo, um filho só é dependente dos pais enquanto são crianças, ou dependem financeiramente deles. Se acaso este mesmo filho, cresce, arruma um emprego e sai de casa para construir sua vida, ele deixa de ser dependente dos pais e passa a ser responsável por si.
Do mesmo modo que uma pessoa que deixou de fumar a muitos anos deixa de ser dependente da nicotina. Mas é claro que se ela decidir voltar a fumar, no mesmo momento se torna dependente novamente. Do mesmo modo que um obeso, quando decide a fazer uma dieta de reeducação alimentar, ele que era viciado ou dependente da comida em demasia, reaprende a se alimentar de forma correta e saudável e não mais depende daquele estilo de alimentação para sobreviver.
O que eu acredito que a Ibogaína faz, é, segundo o que pesquisei  e pelo que estou podendo comprovar;- Ela neutraliza a parte do cérebro do adicto que é responsável pelo prazer que ele sente pelo uso da droga, fazendo com que ele esqueça todas as sensações e prazeres do tempo do uso, eliminando a dependência que ele tem sobre as substâncias químicas. Nada de crises de abstinência, euforia, desânimo, depressão e todos aqueles sintomas característicos da dependência química.
Ou seja, ele deixa de ser um dependente das drogas, mas continua sendo um adicto, que pode ou não entrar em recuperação. Isso depende do ''querer''dele. A ibogaína não muda o comportamento, nem os defeitos de caráter da adicção,(ELA NÃO FAZ MILAGRES) por isso é indicado após o tratamento, o paciente obter um novo estilo de vida, como a pratica de exercícios físicos, trabalhar (o que ajuda muito na recuperação e na auto estima) manter uma vida harmônica com seus familiares, e buscar uma espiritualidade, não importa qual seja sua religião.
Faz parte do tratamento, continuar fazendo terapias regularmente para que possam ser trabalhados estes comportamentos compulsivos e defeitos de caráter característicos da adicção.
Adicção é tratada com terapia comportamental, novos estudos de mapeamento do cérebro estão mostrando que tratamento comportamentais, do tipo psicoterapia, e remédios agem igualmente alterando as funções cerebrais. Então, adicção é uma doença do cérebro que pode ser tratada mudando funções cerebrais, através de diversos tipos de tratamentos.
Meus queridos, existem muitas e muitas pessoas sendo enganadas, por pessoas de má fé (golpistas), que estão supostamente vendendo a Ibogaína pela internet, por um preço relativamente baixo, para que a pessoa tome o medicamento sozinha em casa. Não caiam nessa, o tratamento tem que ser feito por pessoas especializadas, e não são todos que podem fazer, por isso tem os testes antes das sessões. 

Como eu já disse no post anterior, não é somente tomar as cápsulas e vir embora para casa, tem todo um acompanhamento médico, sessões de terapias e até mesmo a alimentação precisa ser completamente mudada por um tempo. A maior dificuldade que ele tem enfrentado é de não poder tomar o café que ele tanto gosta, refrigerantes, algumas frutas e certos tipos de alimentos...Mas tudo isso por apenas 60 dias, depois tudo vai normalizando aos poucos.
Eu já mencionei, mas não custa ressaltar que, existem poucos lugares no Brasil que faz este tratamento com seriedade, e dão todo suporte para o familiar e paciente adicto.
Meu marido hoje faz 29 dias que está limpo. Ele está feliz, e a todo momento agradece a Deus pela oportunidade de poder ter feito este tratamento. 
Esta semana tivemos algumas discussões...Coisas de casal. Antes ele não tinha estrutura nem para ''discutir a relação''. Tudo era motivo para sair, beber, recair e ainda por cima colocar a culpa de suas insanidades em mim. Claro que se eu disser, que o comportamento dele mudou totalmente e ele está um anjinho, estarei mentindo, ele está bem mais calmo, mas como eu disse, são as terapias que vão ajudar a mudar estes comportamentos característicos da adicção. Mas só o fato dele não sentir mais vontade de se drogar, poder viajar sozinho, ter novamente o controle de sua própria vida, não tem preço.É muito mais fácil você se manter em recuperação quando se perde totalmente o desejo pela droga. É gratificante demais para eu, depois de tanto tempo, vê-lo assim. 
Vou continuar relatando como tem sido os dias dele depois deste tratamento. Se puder ajudar ao menos uma pessoa, dividindo esta minha experiência com vocês já terá valido a pena.


Quem quiser mais detalhes sobre o tratamento entre em contato comigo pelo Face (link na lateral do blog),as vezes não consigo responder rapidamente a todas mensagens, mas responderei todas, tenham paciência com esta vovó coruja, kkkkk podem também, me mandar um e-mail para:

lucianamarcelin@gmail.com.

Desejo a todos uma semana repleta de bençãos, paz e serenidade!!! Amo vocês incondicionalmente.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

IBOGAÍNA...Primeiros dias de tratamento

Bom dia pessoas queridas!
Desde a ultima postagem aconteceram muitas coisas que vou agora partilhar com vocês.
No dia 9 de setembro foi meu aniversário, e para os que acompanham meu blog, sabem como eu não gosto de datas festivas, devido a muitos traumas ocorridos ao longo destes anos convivendo com a problemática da dependência química em meu lar.Sempre nestas épocas festivas, por infelicidade do destino, ou coincidência sei lá, aconteciam as tão dolorosas recaídas...  
Mas ao contrário da maioria de meus aniversários, posso dizer que este foi considerado um aniversário feliz, apesar de não ter passado ao lado de minha filha e de meus familiares.

Um pouco antes de meu aniversário, meu marido e eu conversamos muito e resolvemos vender nosso carro para fazer um tratamento que há muito tempo ele tinha o desejo de fazer, o da Ibogaína.
Assim como a grande esmagadora maioria de vocês, eu também tinha muitas duvidas e receios a respeito deste tratamento. Mas devido a vários relatos de amigos do Facebook, diversos emails que recebo contando experiências de sucesso de quem já fez o tratamento e hoje permanece limpo, e também por ter lido varias matérias na internet falando positivamente sobre os resultados deste tratamento, resolvemos tentar para ver se realmente o tratamento é tão bom como dizem.
Todos que acompanham meu blog, sabem que desde que o criei em 2012, relato todas as minhas experiências ao lado de meu familiar adicto, aqui relato meus sentimentos, minhas frustrações, as dele, minhas recaídas de comportamento, as recaídas dele, os períodos na ativa, os momentos em que viveu em recuperação, enfim, não escondo nada de vocês.
Aqui exponho minha vida e de meus familiares, muitas vezes erro, as vezes acerto, as vezes sou criticada, as vezes elogiada, a minha intenção de coração, é poder ajudar com minha experiência de vida, o familiar codependente e também o adicto que ainda sofre nas garras da adicção. Se com toda esta exposição de nossas vidas, dos meus muitos erros e alguns acertos nesta minha trajetória de vida eu conseguir ajudar ao menos uma pessoa terá valido a pena.
É gratificante quando eu recebo um email de algum familiar de dependente químico, dizendo que meu blog o ajudou de alguma forma, nesta árdua caminhada em busca de recuperação que nós sabemos bem como é. Só quem passa pelos mesmos problemas para entender. 
Fico igualmente feliz, quando recebo emails de adictos, que ao lerem meu blog, começam a entender melhor o lado de seu familiar codependente e decidem entrar em recuperação.
Não consigo descrever a emoção que sinto quando estas coisas ocorrem na minha vida.
É como se toda esta minha luta de alguma forma não fosse em vão.
Sei bem como é desesperador quando temos alguém que amamos entregue totalmente as drogas, o sentimento de impotência é doloroso, e nos trás uma angustia terrível.
Muitas vezes nós familiares cansados de tantas tentativas frustradas de ajudar nosso ente querido a entrar em recuperação, acabamos perdendo até a esperança.
A maioria de nós familiares, passamos pela experiência de internarmos nossos familiares na esperança de que, quando eles saiam da clínica, eles entrem em recuperação e prossigam com suas vidas, muitas vezes são internados até mesmo em clínicas renomadas de excelente qualidade e mesmo assim quando saem do tratamento depois de algum tempo recaem. Infelizmente a dependência química é uma doença muito traiçoeira, e depende de uma série de fatores para o adicto se manter em recuperação.
Alguns conseguem se recuperar depois de algumas internações, outros participando de grupos de ajuda, outros buscando uma espiritualidade, e muitos, passaram por todos estes recursos e mesmo assim não conseguiram entrar em recuperação.
Quem acompanha minha história sabe que meu esposo passou por 9 internações e outros tipos de tratamento que não surtiram efeito.
Todos nós sabemos que a base da recuperação de qualquer adicto está no querer, isto é fato.
Se um adicto não quiser parar de usar, ele não vai parar de usar e pronto. Não podemos fazer nada para mudar isto.Infelizmente um dos grandes fatores que levam um adicto a ter muitas recaídas, e isto também é fato, são as crises de abstinência, as fissuras, a vontade incontrolável de usar a droga.
E muitas vezes, mesmos o adicto querendo e lutando para se manter limpo para ficar longe das drogas, a doença fala mais alto, as crises acontecem, a vontade incontrolável surge e acontecem as recaídas.
Muitos guerreiros, se mantem limpos por meses e até mesmo por mais de anos, matando um leão por dia, lutando contra os próprios instintos, renunciando diariamente seus desejos, sonhando muitas vezes com a droga, e depois de um longo tempo de sobriedade recaem. 
E com a recaída, tanto o adicto quanto a família, se vêem novamente desesperados, sem esperanças, frustrados por ter que começar tudo novamente.
As vezes o adicto que estava a muito tempo limpo consegue se levantar rapidamente e prosseguir com sua recuperação praticando a programação, não causando grandes danos a si mesmo e nem a família, mas muitos por tristeza, desânimo ou desesperança não sei dizer ao certo, se entregam novamente as drogas começando um novo ciclo destrutivo, piores do que estavam antes, e ali permanecem estáticos, desistindo de si mesmos.
Por este mesmo motivo, muitos familiares também acabam desistindo de lutar por seus entes queridos por não saberem lidar com a doença, ou por não suportar tamanha dor e sofrimento de ver o suicídio lento de quem tanto amam.
Para ambas as partes a situação é desesperadora e desastrosa, ainda mais quando esta situação se arrasta por anos, pois a doença só progride, e o cansaço físico e mental, faz com que as forças se esgotem, tanto a do adicto, quanto a do familiar codependente.
Bem meus queridos, foi por este motivo que eu e meu marido resolvemos fazer este tratamento que todos dizem ser tão bom no auxilio da recuperação da dependência química.  
E a partir de Hoje eu vou relatar neste blog a recuperação ( ASSIM ESPERO) do tratamento após a IBOGAÍNA.
No dia do meu aniversário, ele fez a primeira sessão, ao todo são cinco sessões que são feitas com cápsulas a base de ibogaína.
No primeiro dia ele tomou duas cápsulas, que é chamada dose teste, para ver como o seu organismo reage. Ficou um pouco tonto, mas nada fora do comum.
No segundo dia ele tomou mais três cápsulas. Também não teve grandes reações, um pouco de tonturas e algumas visões que ele diz ter tipo por segundos. 
No terceiro dia ele teve que fazer duas sessões pois como chegamos na terça feira, o tratamento terminaria na sexta, neste dia, na parte da manhã ele tomou três cápsulas, almoçou e na parte da tarde tomou mais sete cápsulas totalizando dez cápsulas...Neste dia ele se sentiu muito mau, pois teve muito enjoo, tonturas, algumas visões e não conseguiu se alimentar até o outro dia.
No quarto e ultimo dia ele fez a quinta sessão e tomou três cápsulas. Neste dia foi tranquilo, ele se alimentou se sentiu muito bem e disposto, segundo ele, estava se sentindo leve e com uma sensação de paz e tranquilidade.
O tratamento difere de paciente para paciente, cada caso é um caso, por isso antes do tratamento eles examinam cada paciente para ver as dosagens de medicação que cada paciente deve tomar. Uns tomam mais cápsulas, outros menos, somente um especialista para analisar cada caso em específico.
Bem meus queridos, vale a pena ressaltar, que: Antes de fazermos este tratamento com meu marido, pesquisamos inúmeras vezes na internet sobre este tipo de tratamento, e buscamos muitas referências do local onde faríamos o tratamento.
Infelizmente o tratamento com a IBOGAÍNA não é barato, mas também não chega ser um absurdo.
Existem pouquíssimos lugares no Brasil que estão autorizados a fazer este tipo de tratamento, mas...infelizmente como tudo neste país, já arrumaram um jeito de ''PIRATEAR'' a ibogaína, e muitas clínicas estão usando de má fé e fazendo o tratamento com ibogaína falsificada, quando não é falsa estão diluindo a iboga drasticamente...Uma porção de cápsulas que é usada para fazer o tratamento de 1 paciente estão diluindo e misturando com outros produtos, fazendo o tratamento para quatro ou cinco pessoas...Lamentável isso. Pessoas sem moral e sem escrúpulos se aproveitando da dor dos familiares, da doença do adicto visando ganhar dinheiro em cima da desgraça das pessoas em um momento de desespero...
Tenho visto algumas pessoas vendendo a ibogaína por um preço extremamente barato na internet para fazer o tratamento em casa, desconfie. A ibogaína é um produto caro meus queridos, pesquisem na internet, busquem referências, tomem muito cuidado. 
O tratamento com a IBOGAÍNA não se resume a somente tomar as cápsulas e vir embora para casa.
Todo o processo é acompanhado por uma equipe de médicos, terapêutas, e psicólogos altamente qualificados,capacitados e especializados no tratamento de dependência química.
Durante toda a semana eles fazem varias sessões de terapias e procuram identificar e tratar a causa principal que levaram o dependente a fazer o uso da droga pela primeira vez, e ajudam através das terapias o paciente a se conscientizar e a superar traumas que estão no subconsciente, que antes o levavam inconscientemente a procura e ao uso de drogas como uma forma de fuga para não encarar estes problemas.
Todo processo das sessões com a ibogaína são monitoradas todo tempo por médicos e psicólogos.


Infelizmente nem todos podem fazer o tratamento com a IBOGAÍNA, por isso é preciso que se faça o tratamento em lugares especializados acompanhados por uma equipe médica capacitadas para se trabalhar com este tipo de medicamento.
Eles dão todo um suporte para o paciente e para a família esclarecendo todas nossas dúvidas a respeito deste tratamento e como passa a ser a vida do paciente após o tratamento.
Eu particularmente fiquei muito satisfeita com a atenção e os resultados obtidos até o presente momento com este tratamento que antes para mim era algo surreal. Enquanto estive por lá pude ver a mudança não só em meu marido, mas em outras pessoas que também estavam lá fazendo o tratamento e saíram de lá visivelmente melhores. Em todo o tempo o familiar pode acompanhar de perto o tratamento junto ao familiar adicto, isto nos trás muita segurança.
Desde que chegamos em casa tenho notado uma diferença no comportamento de meu marido.
Ontem estávamos conversando, e ele me confidenciou, que a muitos anos não sonhava, apenas tinha pesadelos, e todos eles relacionados a drogas. Desde que fez as sessões com a ibogaína, não tem tido mais estes pesadelos com a droga, agora tem sonhos, sonhos normais como todos nós, ou simplesmente dorme tranquilamente. Antes ele acordava depressivo, angustiado, sempre com um mau humor e irritabilidades características das crises de abstinência.
Agora tem acordado feliz, em paz, mais calmo, e segundo ele não sente o mínimo desejo de fazer o uso de nenhum tipo de droga, nem do álcool, que ultimamente ele não passava um dia sem o uso, nem do crack. Segundo ele, ele se lembra da droga, mas não se imagina mais usando, nem se lembra do gosto ou a sensação de prazer que elas proporcionavam.
Durante as sessões ele fumou cigarro, nos primeiros três dias, mas depois largou também do cigarro, e diz não sentir a miníma vontade de fumar.
Bem meus amigos, vamos ver com o passar dos dias como vai ser a evolução deste tratamento. 
Eu vou relatando para vocês aqui no blog todo o processo de recuperação. Se este tratamento continuar ajudando meu marido, que lutou durante tantos anos nas garras da adicção ativa, tenho fé no amantíssimo Deus que poderá ajudar muitos que ainda sofrem no vício.
Vale lembrar que para qualquer tipo de tratamento o dependente químico, precisa ''QUERER'' se recuperar. Em se tratando de dependência química, toda tentativa é valida para resgatar quem amamos das garras da maldita droga. 
Não vou colocar o nome da clínica onde fizemos este tratamento, por questões éticas.
Mas quem quiser saber mais detalhes sobre o tratamento e local onde fizemos, valores, etc... entrem em contato comigo pelo meu Facebook. ( o link está na lateral do blog)
Existem muitas pessoas que não conhecem nada a respeito da ibogaína, eu tenho um post neste blog explicando melhor tudo sobre este tratamento. 

CliqueAqui http://lucianalpsm.blogspot.com.br/2014/04/sobre-ibogaina.html

Bem meus queridos, quanto a mim, sigo com minha vida cuidando de mim e de minha recuperação.
Nunca criando expectativas, mas sempre na esperança de que dias melhores virão...
A partir de segunda-feira meu marido volta ao trabalho, enquanto isso vou postando as novidades da recuperação pós Ibogaína. Vamos ter fé que este tratamento de certo, assim como tem dado para muitos, para que com isso possamos renovar nossas esperanças e ajudar com essa nova técnica de tratamento, muitas pessoas que ainda sofrem por causa do vício. Vale lembrar que segundo estatísticas, o tratamento com a ibogaína tem 80% de chances na recuperação da dependência química, e porque não 100% ? Segundo eles 20% depende da vontade e do ''QUERER'' do paciente em se manter limpo e em recuperação. É a questão do livre arbítrio, que sabiamente Deus nos deixou e ninguém pode nos tirar, a ibogaína tira apenas o desejo e a compulsão do adicto pelo uso das drogas, mas nada o impede de ele voltar a usar se ele quiser. Aí fica a critério de cada um.
Deus nos da as ferramentas, cabe a nós decidirmos como iremos usa-las...


Muita paz e serenidade a todos vocês e seus familiares...Amo todos vocês incondicionalmente.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

OS DESAFIOS DA RECUPERAÇÃO EM FAMÍLIA


Bom dia pessoas queridas!!!
Estava lendo alguns blogs esta noite, e encontrei um Blog de um Adicto em recuperação, que achei muito bom, entre todas postagens achei esta muita interessante e esclarecedora, pois nos mostra claramente como muitas vezes nós familiares, atrapalhamos mesmo que não intencionalmente a recuperação de nossos familiares adictos. Logo abaixo repasso a postagem e o link para quem se interessar em conhecer o Blog. Vale a pena. Beijos...Paz, amor e serenidade a todos nós.

OS DESAFIOS DA RECUPERAÇÃO EM FAMÍLIA
Eu e minha esposa passamos este último final de semana na casa da minha mãe. Em um determinado momento fomos ao mercado fazer algumas compras e, em meio ao monte de produtos que fomos comprar estava a droga líquida e lícita que é aceita pela sociedade em geral. Alguns membros da minha família consomem esta droga que quase destruiu minha vida, para eles é algo normal que aparentemente não faz grandes estragos, mas para mim representa dor, desesperança, compulsão, obsessão e tudo mais que a droga representa. 

Em outras palavras, eles podem, EU NÃO!

Com muita naturalidade minha mãe me pediu para eu pegar dois fardos desta droga e colocá-los no carrinho. Fiz sem reclamar, me senti mal, incomodado e apesar dos mais de sete anos limpo, senti vontade de usar aquela droga. Não usei, continuo limpo só por hoje!

Fiquei refletindo sobre esta experiência e cheguei a conclusão que em alguns momentos a família que tanto nos ama, atrapalha nossa recuperação. Não só por colocar em nossas mãos aquilo que deve ser o primeiro item da lista de “evites” de um recuperando, como aconteceu comigo naquele mercado, mas por outros dois aspectos que vou comentar um pouco:

Primeiro Aspecto: Esquecem-se que a adicção é uma doença incurável.

Não precisa de muito tempo para que os familiares “esqueçam” que o recuperando tem uma doença relacionada ao uso de drogas. Basta alguns meses limpo e logo estão bebendo na frente do recuperando, levando-o em festas onde há álcool, ou pedindo para que o recuperando pegue a droga na prateleira do supermercado. É evidente que os familiares não fazem isso por mal, fazem por ignorância, por acreditarem que o álcool representa para o recuperando o mesmo que representa para eles que não tem a doença da adicção. Este é um erro que leva milhares de recuperando a recaírem todos os dias ao redor do mundo.

Os familiares tem que entender que aquela latinha de cerveja representa para o recuperando a maior paixão de sua vida, mesmo que não seja sua droga de preferência é uma substância capaz de alterar o humor ou ânimo, logo é uma droga e com certeza será uma porta de entrada para que o recuperando volte ao uso de sua droga de preferência.

Segundo Aspecto: Não conseguem reconhecer que suas vidas tem muitos problemas além daqueles causados pelo familiar que é viciado.

Um usuário de drogas dentro de um lar tem a capacidade de neutralizar todos os demais problemas dos outros membros da família. Geralmente os problemas causados pelo usuário como furto de eletrodomésticos, agressões, gritaria, sumiços e etc. causam danos a toda família e aparentemente o problema daquela família é exclusivamente o usuário de drogas. Quando este usuário entra em recuperação e pára de se drogar aqueles familiares acreditam que agora suas vidas vão ficar boas e que não terão mais problemas, este é um engano enorme pois continuam com problemas, afinal todas as pessoas tem problemas, mas como sempre tiveram o usuário de drogas como o problema da família, muitos não conseguem enxergar seus próprios problemas.

A partir deste ponto os familiares tem que lidar com seus problemas, suas frustrações e medos. E aí? Não é fácil admitir que também tem seus erros, que não são tão superiores assim ao usuário de drogas, e principalmente, que precisam de ajuda.

Muitos familiares buscam ajuda, em igrejas, grupos de recuperação para familiares, psicólogos e tantos outros meios, mas há aqueles familiares que não conseguem admitir e buscam inconscientemente ter outra vez aquele problema central que encobre os seus problemas. Um usuário dentro de casa.

Pode parecer viagem minha, mas nestes anos de caminhada já vi atitudes de familiares como criar caso porque o recuperando está indo demais ao grupo ou a igreja, essas são defesas inconscientes que as pessoas criam para que o recuperando não tenha êxito, pois se ele tiver êxito você terá que lidar com seus problemas e se ele não tiver êxito você irá lidar com os problemas dele que serão tão maiores que o seu se ele voltar a usar drogas que os encobrirão.

É mais fácil lidar com o problema dos outros do que com o nosso próprio problema!

Pode ser que este texto não faça o menor sentido para você, mas se você se identificou de alguma forma, abra o olho, você pode estar matando aquele a quem você tanto ama!

Particularmente só tenho a agradecer minha família pelo apoio moral e financeiro que sempre me deram para eu frequentar meus lugares de recuperação, eu não vivi o segundo aspecto citado neste texto, porém eu presenciei isso na vida de alguns companheiros.

Fim

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Dias difíceis.....

 Olá meus queridos!! 
Definitivamente este mês de agosto não foi dos melhores...Na realidade meu familiar adicto, teve uma piora gradativa no uso de drogas, perdeu totalmente o controle, passando os quatro últimos finais de semana pelas ruas se drogando.
É triste ver quem amamos cometendo uma insanidade após a outra, somos impotentes, nada podemos fazer.
Muitas pessoas me perguntam por que eu não o interno involuntariamente, eu poderia realmente fazer isso se quisesse, mas a realidade é que eu não acredito que no caso dele isso resolva, ele já foi internado muitas vezes, e todas porque eu sempre o pressionei para isso. 
Depois ele sempre jogava na minha cara que nunca foi porque quis, que eu não respeitava as decisões dele, e ele estava certo, não posso viver a vida dele e nem fazer escolhas por ele. Desta forma não estaria vivendo e nem deixando ele viver. As vezes esta frase ''Viva e deixe viver'' me parecia um absurdo quando se tratava do problema da adicção. Como deixar viver uma pessoa que só escolhe o caminho insano das drogas para sua vida? Escolhe ficar bebendo pelos bares, passando dias e noites perambulando feito um zumbi em busca da droga pelas ruas, passando frio, fome, muitas vezes correndo risco de morte, pois sabemos que o final de quem escolhe este caminho infelizmente é este. Isso é deixar viver??? Por mais absurdo que pareça a resposta, sim, isto é deixar que ele siga suas próprias escolhas, escolhas que para mim são insanas, mas infelizmente é uma escolha dele, e se esta é a maneira que ele escolheu viver, não posso muda-lo. Deus em toda sua infinita sabedoria nos deixou o livre arbítrio para que fossemos livres, e escolhêssemos o caminho que nós achássemos melhor para nós mesmos.
Se ele nos deu esta liberdade, quem sou eu para tira-la?? Por mais que me doa ver meu familiar adicto escolhendo caminhos que infelizmente o levarão para morte, prisão ou  á instituição, não posso fazer nada para mudar este fato.
Como eu havia relatado em meu ultimo post eu decidi me afastar de meu familiar adicto até que ele queira entrar em recuperação, andei muito procurando casas para me mudar daqui, mas as coisas não estão fáceis, realmente tem sido dias muito difíceis para nós 

   Voltando ao assunto do porque eu não o interno involuntariamente, a terceira tradição de Narcóticos Anônimos diz : UM ADICTO QUE NÃO QUER PARAR DE USAR, NÃO VAI PARAR DE USAR. PODE SER ANALISADO, ACONSELHADO, PERSUADIDO, PODE-SE ORAR POR ELE, PODE SER AMEAÇADO, SURRADO OU TRANCADO, MAS NÃO VAI PARAR ATÉ QUE QUEIRA PARAR.
Esta não é a minha opinião e não sou eu quem está dizendo isso, são os próprios adictos que dizem e afirmam com certeza que não existe recuperação, sem o real desejo do adicto de parar com o uso.
E depois de todos estes anos convivendo com meu familiar adicto posso afirmar que tudo isso acima citado, eu já fiz em meus momentos de insanidade, e nada adiantou.
Na minha opinião uma internação involuntária é quando a pessoa está em um estágio muito avançado da doença, colocando a sua vida e a de terceiros em risco, estes casos realmente graves de pessoas que passam meses nas ruas e já não conseguem mais cumprir com nenhuma de suas obrigações e responsabilidade em suas vidas.
Este ''AINDA'' não é o caso de meu esposo, mas com certeza que se eu ver chegar a este ponto não pensarei duas vezes em interna-lo para salva-lo de suas próprias insanidades.
O que eu quero e espero é que ele se renda e peça ajuda, tenha um despertar espiritual e possa aceitar sua total impotência perante a doença. Somente assim ele entrará em recuperação, não com internações forçadas, pois neste momento isto seria um alívio apenas para nós familiares que não aguentamos conviver com a situação caótica que é suportar um adicto na ativa.
Apesar de todos estes momentos difíceis tenho conseguido manter minha serenidade, ao menos na medida do possível, o desligamento não é fácil, mas é preciso, é preciso separarmos nossas vidas da dele para que a doença dele não nos afete tanto quanto afetava antes. Hoje tenho controle sobre minha vida, não passo noites sem dormir por causa das recaídas, me alimento, não vou atrás procura-lo como fazia antes, colocando minha vida em risco... Hoje eu procuro ocupar minha mente com algo saudável nestes momentos difíceis... 



Não irei mentir que as recaídas ou a vida dele na ativa não me afetam em nada, sim dói muito, eu fico triste, é uma sensação de vazio uma angustia, não podemos dominar nossos sentimentos.
Somos responsáveis pelos nossos atos, e podemos dominar nossas vidas, nossas atitudes, mas infelizmente não nossos sentimentos. Muitas pessoas me perguntam se eu ainda o amo apesar de todos estes anos convivendo com esta problemática que a adicção trás para vida dos familiares, e como consigo suportar tudo isso. Sim eu o amo, acredito que o amor nunca acabe, mas ele se transformou, nunca disse que a nossa convivência foi fácil, nem para ele, nem para mim. Nem sempre suportei tudo com esta serenidade e tolerância que tenho hoje, no começo ele sofreu muito por conta de minhas insanidades e loucuras por não conhecer a doença. Não temos sido um casal a muito tempo, mas não sinto dó ou compaixão como alguns me dizem. Eu o amo pelo ser humano maravilhoso que ele é, apesar de todos os problemas que a adicção trouxe para nossas vidas.
Não posso mais dizer que sou apaixonada por ele, ainda existe muita magoa e ressentimentos, não porque eu não saiba perdoar, esquecer o passado ou dar uma chance a nós dois pela enésima vez, mas sim porque ele insiste em não entrar em recuperação e esta vida eu não quero para mim, eu não o aceito de volta se ele estiver na ativa. A doença dele em conjunto com a minha causou uma confusão de sentimentos de alguns anos para cá que não sei explicar. As vezes sinto um amor por ele como se ele fosse meu filho, ou meu irmão, as vezes por alguns momentos tenho a esperança de que tudo possa ser como era antes, mas infelizmente ele optou por caminhos que foram nos afastando cada vez mais...Nunca abri mão de lutar por ele pois tenho certeza que existe amor. Mas não sei mais dizer que tipo de amor é este. Eu só sei que o amo sem esperar nada em troca, eu daria tudo para velo bem e longe desta maldita droga, eu o amo mesmo que ele não tenha nada para me oferecer, eu o amo mesmo que muitas das vezes sofra por este amor. Algumas pessoas chamam isto de relacionamento destrutivo, mas segundo a Bíblia sagrada este é o significado real do amor. 

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4-7 

De qualquer maneira juntos ou separados tenho a certeza de que sempre irei ama-lo por toda esta história que vivemos juntos, foram Dias de luta, Dias de glória....
De uma coisa eu não desisto, não desisto de mim, de ser feliz, de lutar pelos meus sonhos, de minha recuperação, infelizmente se para isso eu precisar estar longe dele assim será. Pois eu tenho que estar bem em primeiro lugar, estando longe talvez possa ajuda-lo mais do que convivendo com ele desta maneira.
De qualquer forma, mesmo se viermos a nos separar, se um dia ele precisar de mim e pedir ajuda, estarei disposta em estender minhas mãos para ajuda-lo. Tenho certeza de que ele faria o mesmo por mim.

De qualquer maneira entrego minha vida e de minha família nas mãos do Amantíssimo Deus para que ele possa me dar sabedoria e discernimento, para tomar minhas decisões com assertividade e que seja feita a vontade dele em nossas vidas... Pois somente ele sabe o que é melhor para nós. 

"Só nos ama, só vai ficar até o fim, aquele que depois da nossa utilidade, descobrir o nosso significado. (...) Se você quer saber se o outro te ama de verdade, é só identificar se ele seria capaz de tolerar a sua inutilidade


Desejo a todos uma semana abençoada, repleta de paz amor e serenidade...Amo todos vocês incondicionalmente.