segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A minha codependencia



Depoimento de um amigo do CODA (Grupo de Co-dependentes Anônimos)

É a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo.
Todo aquele que está emocionalmente ligado e oferece seus sentimentos e sua vida para "proteger seu dependente", visando impedir que comportamentos anti-sociais tornem-se transparentes, é um co-dependente.
Procuram remover as conseqüências dolorosas do abuso de drogas do dependente, para e pelo dependente, com a intenção de minimizar ou de esconder o ocorrido, facilitando a vida do dependente químico.
O co-dependente esconde fatos, nega situações imaginando estar ajudando, na realidade está apenas adiando consequências que um dia terão de ser encaradas e que estarão tão potencializadas que as suas conseqüências serão catastróficas.
Nos relacionamentos co-dependentes não existe a discussão direta dos problemas, expressão aberta dos sentimentos e pensamentos, comunicação honesta e franca, expectativas realistas, individualidade, confiança nos outros e em si mesmo.
É o famoso "CARROSSEL DA DEPENDÊNCIA: no centro, o dependente agindo e ao redor... os co-dependentes estão reagindo, todos estão vivendo em função do dependente. O dependente se droga, fica doidão e os outros reagem a sua drogadicção e as suas conseqüências, o dependente responde as essas reações e se droga novamente, estabelecendo o carrossel da dependência química.
Os co-dependentes precisam ter coragem de colocar ¨limites¨, fazendo parar de girar o Carrossel e de desligar-se e-emocionalmente do dependente, e sentindo seus próprios sentimentos e vivendo suas próprias vidas. Só assim poderão realmente um dia se sentirem felizes e ai sim, prontos para ajudar o outro se ele assim solicitar.

As perguntas a seguir servem para identificar possíveis padrões de codependência.

1) Você se sente responsável por outra pessoa? Seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades, bem-estar e destino?
2) Você sente ansiedade, pena e culpa quando outras pessoas têm problemas?
3) Você se flagra constantemente dizendo "sim" quando quer dizer "não"?
4) Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo?
5) Você vive tentando provar aos outros que é bom o suficiente? Você tem medo de errar?
6) Você vive buscando desesperadamente Amor e aprovação? Você sente-se inadequado?
7) Você tolera abuso para não perder o Amor de outras pessoas?
8) Você sente vergonha da sua própria vida?
9) Você tem a tendência de repetir relacionamentos destrutivos?
10) Você se sente aprisionado em um relacionamento? Você tem medo de ficar só?
11) Você tem medo de expressar suas emoções de maneira aberta, honesta e apropriada?
12) Você acredita que se assim o fizer ninguém vai amá-lo?
13) O que você sente sobre mudar o seu comportamento? O que o impede de mudar?
14) Você ignora os seus problemas ou finge que as circunstâncias não são tão ruins?
15) Você vive ajudando as pessoas a viverem? Acredita que elas não sabem viver sem você?
16) Tenta controlar eventos, situações e pessoas através da culpa, coação, ameaça, manipulação e conselhos, assegurando assim que as coisas aconteçam da maneira que você acha correta?
17) Você procura manter-se ocupado para não entrar em contato com a realidade?
18) Você sente que precisa fazer alguma coisa para sentir-se aceito e amado pelos outros?
19) Você tem dificuldade de identificar o que sente? Tem medo de entrar em contato com seus sentimentos como raiva, solidão e vergonha

As 12 Promessas que o Co-dependente deve lembrar
1) Reconheço que não estou só e que meus sentimentos de vazio e solidão vão desaparecer.
2) Não sou controlado (a) por meus medos. Eu supero meus medos e ajo com coragem, integridade e dignidade.
3) Experimento uma nova liberdade.
4) Liberto-me da preocupação, da culpa e da lamentação quanto ao meu passado e ao presente. Eu me mantenho o suficientemente atento (a) para não repetir erros.
5) Experimento um novo modo de Viver e uma nova aceitação de mim mesmo (a) e pelos demais. Eu me sinto genuinamente merecedor (a) de ter o direito de ser Feliz.
6) Aprendo a me ver igualmente aos demais. Em minhas novas e renovadas relações são baseadas na igualdade de ambas as partes.
7) Sou capaz de desenvolver e manter relações saudáveis com Amor. A necessidade de controlar e manipular os outros desaparecerá na medida em que eu aprenda a confiar em mim e nas pessoas dignas de confiança.
8) Aprendo que é possível Recuperar-me e converter-me numa pessoa mais feliz, mais íntima e capaz de oferecer apoio apropriado. Eu tenho a ¨escolha¨ de comunicar-me com minha família de uma maneira segura para mim e respeitosa para eles.
9) Reconheço que eu sou uma criação única e preciosa.
10) Não dependo unicamente dos demais para poder me sentir valioso (a), sou capaz de ser feliz independente da felicidade do outro.
11) Tenho a confiança de que meu Poder Superior me guia. E venho a acreditar em minhas próprias capacidades.
12) Experimento gradualmente em minha vida SERENIDADE, CORAGEM (Força Interior) e SABEDORIA (Crescimento Espiritual).

A troca equilibrada entre ceder e requisitar, dar e receber afeto e atenção nos aproxima de modo saudável das pessoas que nos cercam sem corrermos o risco de criar vínculos destrutivos.
Como co-dependentes, dizemos sim, mas na realidade queremos dizer não; fazemos coisas que não queremos real-mente fazer, ou fazemos o que cabia aos outros fazer.
Uma atitude co-dependente pode parecer positiva, paciente e generosa, pois está baseada na melhor das intenções, mas, na realidade, é inadequada, exagerada e intrusa. A questão é que os co-dependentes estão viciados na vida alheia e não sabem mais viver a sua própria. Adoram dar, mas detestam receber, seja atenção, carinho ou ajuda. Desta forma, quanto mais se dedicam aos outros, menos autoconfiança possuem. Afinal, desconhecem os seus próprios limites e necessidades!
A co-dependência se inicia quando uma pessoa, numa relação comprometida com um dependente, tenta controlar seu comportamento na esperança de ajudá-lo. Como conseqüência dessa busca mal sucedida de controle das atitudes do próximo, a pessoa acaba perdendo o domínio sobre seu próprio comportamento e vida.
Em outras palavras, se ao nos dedicarmos aos outros estivermos nos abandonando, mais à frente teremos de nos confrontar com as conseqüências de nossa atitude ignorante.
Reconhecer nossos limites e necessidades é tão saudável quanto à motivação de querer superá-los.
Sentir a dor do outro não quer dizer ter que repará-la. Este é nosso grande desafio: sentir a dor com o intuito simplesmente de nos aproximarmos dela em vez de querer transformá-la de modo imediato.

Este hoje será meu lema: ¨Eu sou a pessoa mais importante para mim¨

Fonte:http://www.gruponaranonalegria.org/codependencia.htm

Descontrole e perdas...

Olá meus queridos!!
Aqui em casa tudo permanece em paz e meu marido continua limpo e em recuperação só por hoje.
O sonho de todo dependente químico que atinge um ponto onde abandonar o uso das drogas e álcool tornou-se uma necessidade é retomar a primeira fase de sua adicção ativa. Nesta fase era possível obter o prazer da descoberta de um novo estado de liberdade, sem sofrer severas conseqüências. Tudo era novo, gostoso e colorido.

Essa tentativa muitas vezes perseguida arduamente tem levado dependente à loucura e à morte.
Buscam incessantemente o controle no uso, porque sabem que se isso não ocorrer só restará render-se e render-se significa derrota, tudo que não Significa desejamos na vida. Ser derrotado significa perder.
A doença da dependência química tem uma característica fundamental que é a negação, a negação que não permite ao dependente perceber e aceitar todas as perdas que ele já sofreu e continua sofrendo enquanto permanece na ativa. Podemos iniciar esta lista com uma perda extremamente significativa que é o poder de decidir sua própria vida.
A liberdade de escolha lhe é totalmente retirada, e isso é fruto da progressão da doença. A partir daí inúmeras outras perdas podem ser relacionadas.
As oportunidades de aproveitar as chances de crescimento emocional, intelectual, social, profissional e material tornam-se tão escassas que viver uma vida sedentária e até marginalizada são resultados do descontrole característico da dependência química.
A recuperação a fruto da abstinência completa do uso de substancias psicoativas (drogas) somada as mudanças no seu estilo de vida. Usando desta “fórmula” é possível gradativamente ir retomando o controle de sua vida (exceto quanto ao uso de álcool e drogas) e frear as perdas resultantes da doença. O dependente químico deveria ser rigorosamente honesto consigo próprio para perceber que este ciclo vem se repetindo há tempos e que enquanto não for rompidos somente um final triste e enlouquecedor estará assegurado em sua vida. Este é o ultimo tópico da lista, a perda da própria vida.
Tentamos encontrar a liberdade através das drogas e do álcool, acabou por tornar-se escravo. Não é valido no processo de recuperação viver lamentando-se de tudo que perdeu, esse tipo de comportamento só faz crescer a culpa e a
autopiedade que para os dependentes químicos também são drogas que os levam ao inferno da adicção.
Não importa o que foi perdido, afinal nada poderia ser feito para frear esse descontrole; mas no momento em que procurou ajuda e a recebeu, tornou-se então possível romper esse ciclo. Cabe agora aceitar a doença e as suas conseqüências, responsabilizando-se por sua própria vida e recuperação e procurando meios de conduzir-se de uma maneira mais segura rumo ao crescimento necessário para a obtenção da liberdade da escravidão que a dependência química causou.
Talvez não possamos nunca obter total controle sobre nossas vidas, mas é possível controlarmos o dia de hoje.
Paz e serenidade a todos nós...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

42 DIAS EM RECUPERAÇÃO

Olá meus queridos...
Graças a Deus aqui em casa tudo segue em paz e hoje faz 42 dias que meu familiar adicto está limpo e em ''RECUPERAÇÃO'.
Fazia muito tempo que o adicto de minha convivência, não entrava realmente em recuperação.
Bebia todos os dias a quase dois anos, e sempre tinha recaídas na droga de sua preferência.
As vezes, quando ele conseguia ficar limpo, não estava em recuperação, pois os comportamentos dele continuavam iguais aos de um adicto na ativa.
Durante muito tempo ele tentou sozinho parar de fazer o uso da droga, mas suas tentativas eram todas em vão, pois ele tinha muitas reservas, e vivia no auto engano.
Não tinha a humildade para aceitar nem o primeiro passo, não aceitava que era um adicto.
Tentava de todas as formais levar uma vida normal, sem tratamentos, internações, reuniões do NA...
Mas ele não era uma pessoa normal, ele é portador de uma doença incurável, progressiva e fatal.
Ele sempre tentava substituir o uso da droga por outra droga que é o álcool. Mesmo sabendo que 99% de suas recaídas estava diretamente ligada ao uso de bebidas alcoólicas.
Meu familiar é um dependente cruzado do álcool e crack, e nunca fez o uso de drogas se não estivesse embriagado. Para ele bastava evitar o primeiro gole que ele conseguiria se manter limpo.
Mas todos nós sabemos que não é simples assim. Infelizmente esta doença é muito traiçoeira e quando menos esperamos, ela vem como um trem desgovernado derrubando tudo e nos dá uma rasteira. Não existe possibilidade de um adicto ''beber socialmente'' sem ter uma recaída, eles podem até conseguir por alguns dias beber sem grandes estragos, mas como a doença é compulsiva, eles logo perdem o controle e começam a beber exageradamente até ficarem embriagados. E com isso vem as tão indesejadas e temidas recaídas.
Este ciclo destrutivo durou muitos anos na vida de meu familiar. Todas as vezes que ele conseguiu ficar limpo, era quando ele parava definitivamente de beber. Mas de alguns anos para cá ele não conseguia permanecer por muito tempo limpo. Conseguia até se manter limpo da droga, mas em compensação bebia exageradamente todos os dias. O máximo que ele conseguia ficar sem o álcool era uma semana. Depois começava a ficar irritado, nervoso, com crises de abstinência, procurava motivos para uma discussão para ter um pretexto para sair para beber. E muitas vezes nem motivos arrumava mais, simplesmente saia e bebia sem dar satisfações.
Isso já havia se tornado rotina para ele, e mesmo vendo que cada dia a doença progredia mais, não conseguia ficar sem fazer o uso do álcool.
Logicamente, que por mais codependente que eu seja, (e eu sei que ainda sou muito) eu já estava cansada daquela vida e decidida a procurar uma casa para morar com minha filha e deixar ele seguir com suas escolhas. Aquela situação foi desgastando nosso relacionamento, nossa família e fomos ficando cada vez mais distantes, Tinha dias que não trocávamos uma palavra durante o dia.
Quando decidimos fazer o tratamento com a ibogaína, estávamos apreensivos e com medo de não dar certo. Mesmo vendo muitos casos de pessoas que fizeram o tratamento e estavam limpos a muitos anos. Não custaria tentar, afinal já estavam se esgotando todas as outras possibilidades de recuperação para ele. Nestes quase vinte anos de convivência com meu familiar adicto, já havíamos tentado de todas as formas buscar ajudas, nas clínicas, Caps, grupos de ajuda, medicamentos, psicólogos e até nas igrejas.
Infelizmente, tudo durava apenas um tempo e ele já voltava para ativa.
Tenho visto nestes 42 dias que meu familiar está limpo e em recuperação uma grande mudança na vida dele. Está mais animado, mais disposto, não tem aquelas crises de abstinência, tem feito exercícios regularmente, deixou o cigarro, começou a frequentar uma igreja, e até mesmo da alimentação ele está cuidando. ( decidiu que vai entrar em forma)
É claro meus queridos, que ele ainda tem os comportamentos de adicto, como egoísmo, infantilidade, e as vezes age com estupidez.(mas nada comparado a antes) mas isso só vai mudar com a ajuda de terapias que ele tem que fazer por um bom tempo após o tratamento com a ibogaína. Afinal a ibogaína cura o vício, mas como a adicção é uma doença comportamental, isso só vai ser tratado com a ajuda de terapias e com o tempo.
Graças a Deus ele diz que não sente vontade nenhuma de usar drogas, beber ou fumar.
Aqueles pesadelos que antes o atormentavam tanto, ele não tem mais, ele sonhava com frequência que estava usando drogas.
Graças a Deus a sua rotina de vida mudou drasticamente após o tratamento, e hoje ele trabalha o dia todo, chega em casa, toma um banho e vai malhar.
Tem ido a igreja ao menos duas vezes por semana, e quando está de folga ficamos em casa assistindo filmes, coisa que a muito tempo não fazíamos.
Hoje também tenho motivos para estar duplamente feliz, pois minha irmã que também é adicta, começa a fazer o tratamento com a ibogaína. Até sexta feira ela ficará na clínica fazendo o tratamento, e quando ela chegar também irei relatar aqui no blog como será a sua recuperação.(se assim Deus quiser)
Só tenho motivos para agradecer a Deus por estes 42 dias de paz que ele me permitiu passar.
Eu como sempre, estou cuidando de mim e da minha recuperação. Tenho passado por algumas dificuldades por causa de minha codependencia (nada relacionado ao meu familiar adicto).
Mas estou procurando me policiar para não ter ''recaídas de comportamento''.
Continuo com os pés no chão, não criando expectativas para não me frustrar. Mas sempre tendo muita fé, de que é possível sim, um adicto sair do mundo das drogas e entrar em recuperação.
É possível viver dias melhores, dias em paz, dias felizes. 
Deus é maravilhoso, e nos dá uma saída para tudo, enquanto vivemos, podemos ter esperança.
Só por hoje estou feliz, em paz e com um sentimento de que valeu a pena ter lutado, ter insistido e ter ficado para poder compartilhar deste momento feliz que meu familiar está vivendo.
O dia de amanhã?? Não sei...Mas só por hoje meu familiar está limpo e em recuperação a 42 dias.
Procuro vivenciar cada momento destes que vivemos em paz e aproveitar ao máximo cada minuto.
E isto é motivo para eu agradecer muito a Deus por tudo que tem feito em nossas vidas.
Amo todos vocês incondicionalmente. Muita paz e serenidade a todos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Feliz aniversário minha Filha!!!



Há exatos 18 anos Deus teve um sonho... Sonhou que faria um menina toda especial, com um coração maior do que pudesse caber no peito frágil, se tornou uma moça maravilhosa, responsável, digna, integra, de caráter, e uma vontade muito grande de ajudar... Essa menina que por vezes fala sem pensar, tem dificuldades em ouvir, se irrita fácil, mas sabe reconhecer quando a razão não lhe é companheira, que sabe sorrir e rir demasiadamente bem, que contagia a todos com sua alegria e bom humor, e que mesmo nos momentos de tristeza não se deixa abater, muitas vezes mesmo triste se alguém precisar de uma palavra amiga, você está sempre a disposição para ouvir e ajudar. Nessa menina, mais do que tudo isso, Deus inflou no coração doses gigantescas de uma admirável capacidade de amar...Amar ao teu próximo. Sempre foi assim. Me lembro que desde muito pequena, você já tinha este coração gigantesco. E muitas vezes, brinquedos, bonecas, sapatos e até mesmo roupas que comprávamos à você, desapareciam misteriosamente, para em seguida descobrirmos que você simplesmente havia dado a algum amiguinho que tinha menos condições.(risos) E dessa menina, hoje, faz-se uma menina grande. E dessa menina grande amanhã se fará uma menina maior ainda, que dará origem a outras meninas e meninos igualmente generosos, igualmente sábios e igualmente amorosos, num interminável ciclo sem fim.. (Já começou por esta princesinha linda que é a sua filha).

Filha, percorra os caminhos que ainda se abrirão, salte por cima das pedras que ainda surgirão nos caminhos...voe se preciso for; tropece se não houver pra onde fugir... mas levante-se sempre, avante e sem retroceder, porque a vida não costuma recompensar os que
facilmente desistem dela! Que Deus sempre te
cubra com seu manto de amor e ternura, lhe dê sabedoria e guie seus passos para que sempre tome as decisões que sejam da vontade dele para sua vida.
Você não lembra, mas há 18 anos atrás eu te carreguei no meu ventre, assim eu pude te proteger durante o período em que você se desenvolvia e ficava forte.
Hoje, você faz dezoito anos. Você cresceu e ficou pesada, (um pouquinho além da conta...kkk vc sabe que não minto).
Não posso mais te carregar nos braços e nem te proteger dos perigos da vida, mas uma coisa eu posso fazer.
Todos os dias peço a Deus que á faça forte, que você não mude a sua natureza ao sabor dos ventos que passam pela nossa vida.
Antes, nas minhas orações eu sempre pedia a Deus para te proteger de tudo quanto pudesse te ferir ou machucar.
Hoje, porém, depois de ver que você cresceu e se tornou uma "mulher", a minha oração é diferente, eu não peço mais que Deus te poupe das tristezas e das dificuldades, mas peço para que Ele em sua infinita bondade e misericórdia te
fortaleça e te dê sabedoria.
SABEDORIA, para dividires as tuas alegrias com o teu próximo; (como vc sempre fez)
SABEDORIA, para suportares o peso das tristezas e dificuldades que certamente irão passar por tua vida.( Nisto você é perita)
Peço a Deus que nestes momentos tu aprendas a ser cada vez mais humilde e amorosa, porque cada uma dessas fases serão para ti, continuamente, aprendizados de vida.
Sei que apesar da pouca idade, você já compreendes muito sobre a vida, suportou com garra muitas tristezas, frustrações, decepções, e até mesmo a ausência da pessoa que era para estar com vc nestes momentos difíceis...

Peço perdão por tantos erros cometidos devido às insanidades que minha doença me levou a cometer, na minha cabeça eu sempre achei estar fazendo o melhor.
Mas o tempo ainda vai te mostrar, nas idas e vindas das primaveras, que cada passo que você deu e ainda dará, estará sempre marcando a sua existência e amadurecendo. Nada do que passou foi em vão, e um dia poderá tirar um aprendizado de tudo isso.
Assim, filha amada, te desejo, não somente hoje, mas para toda a tua vida, que continue sendo esta pessoa extraordinária, tenho a certeza que Deus vai te honrar pela pessoa que vc é.
Que continue sendo BONDOSA com o teu próximo para poder experimentar o valor da solidariedade; Mesmo que as vezes as pessoas não reconheçam e não retribuam o bem que lhes é feito. Faça sua parte.
Que você tenhas sempre a HUMILDADE dentro de ti.
Que você seja, DEDICADA , ESFORÇADA, RESPONSÁVEL e continue sendo esta mãe maravilhosa que é.
E principalmente que você nunca perca a FÉ no Deus que deu o dom da vida para que quando, tu te ajoelhares e clamares por Ele a tua oração possa subir em cheiro suave e seres atendida,
não no teu tempo, mas no tempo de Deus.
Amo você, menina que agora se faz grande!
Amo poder estar em alguma página desta história que a cada dia é tecida no livro da tua vida! Amo poder dividir com você a expectativa de, um dia, poder sentar no final desse caminho, olhar pra trás e dizer: VALEU A PENA!
Desejo a você, um ano cheio de amor e de alegrias.( E muito trabalho, pois finalmente hoje você faz 18 anos e já pode arrumar aquele tão sonhado emprego...e não me torra mais a paciência com esta história kkkkkk Aleluia)
Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus. Parabéns a você nesse dia tão grandioso e que Deus sempre te abençoe e guarde minha filha ...








"Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão." Salmos 127:3

sábado, 4 de outubro de 2014

A FAMÍLIA É IMPORTANTE PARA O TRATAMENTO



Pensar que tudo se resolverá a partir de uma internação ou após algumas consultas médicas é uma armadilha que não polpa a mais sincera tentativa de tratamento.
A dependência é um problema que se estruturou aos poucos na vida da pessoa. Muitas vezes, levou anos para aparecer. Muitas coisas foram afetadas: o desempenho escolar, a eficiência no trabalho, a qualidade dos relacionamentos, o apoio da família, a confiança do patrão, o respeito dos empregados. Como esperar, então algo presente na vida de alguém há tempo e que lhe trouxe tantos comprometimentos desapareça de repente? Quem decide começar um tratamento se depara com os sintomas de desconforto da falta da droga e, além disso, com um futuro prejudicado pela falta de suporte, que o indivíduo perdeu ou deixou de adquirir ao longo da sua história de dependência.
Todos podem ajudar: o patrão, os amigos, os vizinhos, mas o suporte maior deve vir da família. As chances de sucesso do tratamento pioram muito quando a família não está por perto.

Veja porque a família é tão importante:

O dependente muitas vezes não tem a noção completa da gravidade do seu estado. Por mais que deseje o tratamento, acha que as coisas serão mais fáceis do que imagina. Por conta disso, se expõe a situações de risco que podem leva-lo de volta ao consumo.
O dependente sente a necessidade de “se testar”, expondo-se a situações de risco para ver o seu esforço está valendo a pena. A família deve ajuda-lo estabelecendo com o dependente regras que ajudem a afasta-lo da recaída. Todo o tratamento começa com um mapeamento dos fatores e locais de risco de recaída. A família deve ajudar o dependente a evitar esses locais. Isso não deve ser feito de modo policial. Não se trata de fiscalizar. Trata-se, sim, de chamá-lo à reflexão e a responsabilidade sempre que esse, sem perceber ou se testar se expuser ao risco da recaída.
O dependente sente dificuldades em organizar novas rotinas para sua vida sem as drogas. O dependente de drogas precisa de apoio para superar as dificuldades e estabelecer um novo modo de vida sem drogas. Vários fatores interferem nessa tarefa. A pessoa pode estar fora do mercado de trabalho há muitos anos, desatualizada e sem contatos que lhe proporcionem voltar em curto prazo. Pode ter saído da escola muito jovem e agora está pouco qualificado para um bom emprego. Há dificuldade em se relacionar com as pessoas, aguentar as frustrações, saber esperar a hora certa para tomar a melhor atitude. A autocrítica do dependente por vezes é dura consigo mesmo. Deixa um clima depressivo e de
fracasso no ar. Isso pode fazer com que os planos para o tratamento sejam deixados de lado.
A família no tratamento mostra que o diálogo ainda existe. A rotina da dependência química traz ressentimentos para todos. Muita roupa suja vai ser lavada. No entanto, é preciso entender que se trata de uma doença. Em um primeiro momento a motivação do dependente para a mudança e do apoio da família para mantê-lo motivado são importantíssimos. Isso demonstra que a família ainda é capaz de se unir, conversar e resolver seus problemas. Quando o momento de ir para o tanque chegar, todos estarão fortalecidos e o assunto será tratado com mais ponderação e menos emoção.

Texto retirado do blog:http://adictolandia.blogspot.com.br/