quarta-feira, 9 de abril de 2014

LIMITES...




Boa tarde amigos queridos...Por aqui segue tudo em paz graças a Deus...

Limites é a minha capacidade de dizer Sim e Não, de decidir metas, atitudes. É meu pensar, é minha vida, é definir quais serão os parâmetros para minha vida.
Ter limites me prepara para as possibilidades que virão e de não ser responsável por aquilo que não é meu. De ter o Controle sobre as coisas que me dizem respeito.
Ao me dar ¨Limites¨ sei exatamente das minhas reações, dos meus sentimentos, das minhas potencialidades. Tenho o conhecimento das minhas limitações e da minha força, sendo dono da minha própria felicidade, sendo juiz de mim mesmo, sou independente do outro para me sentir feliz.
Ao não me dar à chance de ter esta Ferramenta reajo sempre de forma inadequada, obedecendo não aos meus instintos, meus pensamentos, mas sim, aos anseios dos outros, me permitindo ser manipulado, facilitador, imaturo, sem soluções que dependam da minha vontade de dizer Sim ou Não.
Não ter Limites é fazer pelo outro aquilo que não consigo fazer por mim. Enfoco todo meu potencial de vivência em outra pessoa, perco minhas características e personalidade para ser apenas um reflexo da vontade alheia. Dou ao outro, a terceiros, as situações, os momentos, os ganhos, ficando para mim as perdas para resolver. Ofereço ao outro a capacidade de ser feliz e retiro de mim esta capa-cidade. Sem Limites a felicidade não mais depende de mim, mais sim, depende de uma vontade alheia.
Sem esta Ferramenta perco direitos e assumo deveres. Deveres estes sempre sob o aspecto do Direito do outro e nunca do meu.
Vivo a vida do Adicto para o Adicto e pelo Adicto, minha felicidade esta sempre atrelada a Ele, nunca sou Eu que defino meus desejos. Sempre sou levado a atitudes não determinadas por mim, nunca levando em consideração meu próprio julgamento. Sempre e sempre sou Eu quem assume a sentença, nunca sou o julgador, sou só o réu.
Com a Adicção minha falta de Limites ultrapassa as fronteiras da razão. Vivo em prol de resolver as loucuras e inconsequências da sua doença.
Aos poucos vou percebendo que a falta de ¨Limites¨ em mim não é uma conseqüência da Adicção ¨dele¨. Esta informação já estava dentro de mim, instaladas de forma disfarçada nas minhas atitudes e nos meus conceitos desenvolvidos durante a minha existência. Ele; o Adicto; apenas permitiu desenvolve-la, aperfeiçoar esta Ferramenta e aproveitando desta minha falha de caráter ou personalidade ele as usa para manter o Poder sobre a minha vida, para ser dono do meu mundo e me incluir no mundo deles.
Esta falta de Limites já estava dentro do meu ¨Programa de vida¨ muito antes do surgimento da Adicção em minha vida, nas nossas vidas. Surgiu em nós com o nosso desenvolvimento, por questões filosóficas, educacionais, sociais, religiosas. Fomos aprimorando esta conduta, entendendo Limites como um sentimento pequeno, de fraqueza, de falta de Amor. Foi-nos ensinado que como seres humanos jamais poderíamos ter ¨Limites¨, em verdade precisamos e temos que ter ¨Limites¨, pois, é através dele que criamos conceitos de respeito a nós, pelo outro e pelo mundo.
A falta deste conceito me conduz a assumir coisas que não me pertencem, me deixam ser coagido, manuseado, me torno um grande alimentador das expectativas, sonhos e desejos dos outros.
As Adicções dele e a nossa nos faz utilizar desta Ferramenta a todo o momento no percurso da vida.
Temos de aprender a não ceder a caprichos, vaidades, imposições, chantagens. A falta de ¨Limites¨ é a maior forma de ditadura imposta pelo Adicto a mim, ao permitir que esta se desenvolva permito a Ele se manter no Poder e no Controle de meu corpo, minha alma, mente e coração.
Quando percebo da minha impotência perante a Adicção dele ou as Drogadicções dos outros como forma de compensar esta minha falha, permito-me fazer de tudo para sanar, corrigir ou amenizar as conseqüências da doença. Utilizando-me de falsas ajudas a ele, me coloco sempre pronto a fazer todo o impossível possível. Usando de todos os ilimitados conceitos de Amor que possuo, de meus ilimitados conceitos de responsabilidade, de meus ilimitados medos, de meus ilimitados conceitos de culpa tento de todas as formas livrá-lo das garras das drogas.
Descubro com o uso desta Ferramenta que ninguém aprende a Acertar se não lhe for permitido Errar.
Enquanto não compreendermos que a falta de ¨Limites¨ propícia sofrimento, que é uma Ferramenta progressiva para Adicção deles e da nossa destruição. Quando assumo seus atos estou dando a ele as armas necessárias para ter a quem culpar por sua doença e responsabilizar por ela, não assumindo que a doença é dele é somente dele e não minha. Enquanto Ele continuar a fazer com que eu me utilize da minha falta de ¨Limites¨, ele não terá condições de procurar sua própria Recuperação e Eu não serei capaz de ser procurador da minha.
Meu Adicto por causa da sua doença é o centro do mundo. O que importa é o que quer, o que deseja, o que importa é a sua liberdade, sua vida, seus prazeres. São donos daqueles que o cercam, suas regras devem ser obedecidas e são as que valem. Seus sentimentos é que são importantes e não devem ser questionados, não devem ser impedidos, não devem ser contrariados. São Egocêntricos, egoístas, individualistas.
A Adicção faz com que as contas das coisas que ele quer, que deseja, da liberdade, dos prazeres da sua vida não devam ser de sua responsabilidade serem pagas. Estas contas têm de serem pagas por nós. Porque nós assumimos que somos seus avalistas na vida, que temos obrigações para com eles e se temos obrigações, se os amamos e queremos vê-los felizes não devemos ter, portanto ¨Limites¨.
Ter ¨Limites¨ não é dar ao outro fronteiras para suas atitudes e vidas. Ter ¨Limites¨ não foi feito para eles. ¨Limites¨ não é para o outro, Limites é para mim. Ao me dar esta nova Ferramenta permito avaliar meus conceitos, permito pensar, permito me respeitar, permito reconhecer minhas limitações e impotências.
Aprendo que ¨Limites¨ a mim não é deixar de Amar meu Adicto, mas, dar a ele a tão sonhada ¨Liberdade¨, o ¨Amor verdadeiro¨.
Passo a compreender, a ter compaixão por ele, aprendo a não mais sofrer, a não ter mais angustia, ansiedades por sua doença, compreendo que só ele possui o poder de dar Limites a sua doença.
Ao não exercer esta Ferramenta impeço que o outro cumpra com seu papel de se desenvolver como pessoa e aprenda com os ¨Meus Limites¨ a ter ¨Seus Próprios Limites¨.

Muita paz e serenidade a todos !!!! Amo todos incondicionalmente!!!

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